A recidiva da hanseníase pode acontecer até 5 anos após o fim do tratamento. Ademais, a vigilância epidemiológica da doença é compulsória e de investigação obrigatória.
Resumo
Anteriormente nós já resumimos as reações hansênicas e também a transmissão, as formas clínicas, o diagnóstico e o tratamento da hanseníase.
Mas em caso de recidiva da doença ou na vigilância epidemiológica, você sabe como agir? Então não perca esse post que vai te ajudar no estudo para as provas de residência!
Recidiva da hanseníase
Antes de tudo, para entendermos bem a definição de recidiva, devemos estar familiarizados com a evolução esperada após o encerramento do tratamento. Nesses casos, não esperamos que as lesões cutâneas tenham desaparecido completamente e a função renal pode persistir alterada por tempo indeterminado. Além disso, reações hansênicas podem estar presentes em até 30% dos casos e a baciloscopia costuma demorar a negativar. Sendo assim, na suspeita de recidiva, devemos sempre encaminhar o paciente a um centro de referência pra avaliar a necessidade de reiniciar o tratamento.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE RECIDIVA
PB | MB |
---|---|
Dor no trajeto de nervos | Lesões cutâneas e/ou exacerbação de lesões antigas |
Novas áreas com alterações de sensibilidade | Novas alterações neurológicas, que não respondem ao tratamento com talidomida e/ou corticosteroide nas doses e prazos recomendados |
Lesões novas e/ou exacerbação de lesões anteriores, que não respondem ao tratamento com corticosteroide por ≥ 90 dias | Quadro clínico compatível com pacientes virgens de tratamento |
Baciloscopia positiva |
As recidivas podem ocorrer até 5 anos após o fim do tratamento.
Vigilância epidemiológica da hanseníase
Por isso, após o diagnóstico de um caso, devemos iniciar a investigação de contatos e grupos específicos, que deve ser realizada através de uma anamnese dirigida + exame dermatoneurológico.
CONDUTAS PARA CONTATOS INTRADOMICILIARES
Adultos | Crianças |
---|---|
Sem cicatriz — realizar BCG | Não vacinada — 1 dose de BCG |
Com 1 cicatriz — realizar BCG | Comprovadamente vacinada + cicatriz — não realizar BCG |
Com 2 cicatrizes — não realizar BCG | Comprovadamente vacinada sem cicatriz — realizar 1 dose de BCG 6 meses após a última |
Assim, terminamos a nossa revisão sobre hanseníase. Gostou? Lembre-se de anotar as dicas e ficar de olho nos próximos posts.
Bons estudos!
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