Saiba o que é a eritroblastose fetal, também conhecida como doença hemolítica perinatal, suas causas, sintomas e como prevenir essa condição potencialmente perigosa.
Sumário
O que é eritroblastose fetal:
A eritroblastose fetal é uma condição séria que pode afetar bebês durante a gravidez e após o nascimento. Assim também chamada de doença hemolítica perinatal ou doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), nessa condição, os glóbulos vermelhos do feto são destruídos pelo sistema imunológico da mãe, devido à incompatibilidade sanguínea materno-fetal.
Enquanto a incompatibilidade ABO é mais comum, e geralmente causa sintomas leves, a incompatibilidade Rh é responsável por 98% dos casos de DHRN. Isso ocorre quando a mãe tem sangue Rh negativo e o feto tem sangue Rh positivo.
O que causa a eritroblastose fetal?
A principal causa da eritroblastose fetal é a incompatibilidade do fator Rh entre mãe e feto. No entanto, nem todas as gestações com essa incompatibilidade resultam na doença.
Embora, a condição é mais comum em gestações subsequentes, no qual a mãe já foi sensibilizada pelo fator Rh durante uma exposição anterior, como gestações anteriores com feto Rh+ ou procedimentos invasivos, como amniocentese e transfusões de sangue incompatíveis.
Quais são os sintomas da eritroblastose fetal?
Os sintomas da eritroblastose fetal variam de leves a graves e podem incluir:
- Icterícia grave e precoce;
- Anemia – gravidade depende da concentração de anticorpos;
- Esplenomegalia;
- Hidropsia fetal- edema cutâneo, ascite, derrame pericárdico, derrame pleural;
- Óbito fetal.
Abordagem diagnóstica
Triagem
A detecção precoce da incompatibilidade do fator Rh entre mãe e feto é crucial para a prevenir a eritroblastose fetal. Isso é alcançado através do acompanhamento pré-natal, que inclui a tipagem sanguínea e o teste de Coombs indireto na primeira consulta.
No caso de Rh – e Coombs Indireto – no primeiro trimestre, deve-se repetir nas 28 semanas, e dosar novamente o Coombs Indireto a cada 4 semanas.
No entanto, é importante observar que a administração de imunoglobulina humana pode afetar os resultados do Coombs indireto.
Como prevenir a eritroblastose fetal?
Prevenir a eritroblastose fetal é possível com a administração de imunoglobulina humana anti-D (também conhecida como Imunoglobulina Rh ou Matergam) para mães Rh negativas.
Indicação de Profilaxia com Imunoglobulina Rh
A imunoglobulina é recomendada para Mãe Rh NEGATIVO e Coombs Indireto NEGATIVO e:
- ≥ 28 semanas de gestação;
- Até 72h pós-parto se o recém-nascido for Rh positivo;
- Após situações que podem levar ao sangramento materno-fetal como:
- Abortamento;
- Gestação ectópica;
- Mola hidatiforme;
- Procedimentos invasivos intraútero (como aminicoentese);
- Morte fetal;
- Trauma abdominal;
- Descolamento prematuro de placenta, inserção baixa de placenta;
- Versão cefálica externa;
- Após situações que podem levar ao sangramento materno-fetal como:
NÃO SE ESQUEÇA: O objetivo da imunoglobulina é prevenir a aloimunização. Uma vez que a aloimunização ocorreu, na presença do Coombs indireto +, a imunoglobulina ANTI-D não está mais indicada, devendo, portanto, seguir o protocolo de investigação de DHRN para o feto.
A eritroblastose fetal é uma condição séria que pode ser prevenida com medidas apropriadas, como a administração de imunoglobulina. Para isso, o acompanhamento pré-natal adequado desempenha um papel fundamental na detecção precoce e na prevenção da doença
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