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quinta-feira, 31 outubro
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Tratamento da apendicite aguda: entenda como realizar

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Saiba a melhor forma de conduzir o tratamento da apendicite, condição séria caracterizada pela inflamação aguda do apêndice vermiforme, frequentemente desencadeada por obstrução luminal.

Sumário

Um dos principais diagnósticos a serem considerados em casos de abdome agudo na emergência é a apendicite aguda. Sendo assim, trata-se de um tema crucial tanto na prática clínica quanto em avaliações, como as provas de residência médica.

 

Sobretudo, o tratamento inicial da apendicite aguda consiste da estabilização clínica, com analgesia, hidratação venosa e antibioticoterapia, para então avaliar a conduta que pode ou não ser cirúrgica.

 

 

Antibiótico

 

As escolhas antibióticas variam conforme a fase. Sendo assim, em fases edematosas e flegmonosas, consideramos antibiótico profilático. No entanto, fases gangrenosas e perfurativas, trata-se com antibiótico terapêutico.

 

Por fim, as drogas de escolhas geralmente são:

 

  • Endovenoso: Ceftriaxone 2g/dia OU Levofloxacino 750mg, associado a Metronidazol 500mg 8/8h.;
  • Oral: Cefdinir 600mg/dia OU Ciprofloxacino/Levofloxacino + Metronidazol OU Amoxicilina-Clavulanato 875mg 12/12h:

 

 

Cirurgia: Laparotomia x Laparoscopia

 

A Laparoscopia é preferível devido a menor taxa de complicações como hérnia incisional e infecções de ferida operatória, além de gerar um retorno mais rápido às atividades laborais. Entretanto, deve-se atentar aos riscos associados ao pneumoperitônio (acidose respiratória, aumento da pressão intra-abdominal causando taquicardia e instabilidade hemodinâmica).

 

Plastrão apendicular

 

Na presença de plastrão, deve-se retardar a apendicectomia.

 

O tratamento instituído será inicialmente com antibioticoterapia, drenagem percutânea e estabilização do paciente e programação cirúrgica em 3 a 10 semanas do quadro inicial. Portanto, confira abaixo o fluxograma de tratamento da apendicite complicada:

### Plastrão apendicular **Na presença de PLASTRÃO a apendicectomia deve ser retardada!!**

Fonte: UpToDate, 2023. 

 

Lembre-se!

 

Investigar a presença de câncer colorretal em pacientes acima de 40 anos por meio de colonoscopia, realizada 6 a 8 semanas após o tratamento adequado, é essencial!

Tratamento clínico?

 

Existem evidências cada vez maiores que defendem que não há superioridade do tratamento cirúrgico em relação ao clínico para um perfil específico de pacientes saudáveis com apendicite não complicada (ausência de peritonite difusa, abscesso, perfuração ou sepse). Portanto, diante desse perfil de paciente sem comorbidades e uma apresentação mais branda, pode-se discutir o uso do tratamento clínico para a condução do caso.

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