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Anemia fisiológica e anemia ferropriva: você sabe diferenciar?

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Saiba diferenciar a anemia fisiológica da anemia ferropriva confira o post depois, analisando fatores de risco.

Sumário

Sobretudo sabemos que a anemia é a principal doença metabólica da infância e acomete cerca de 1/3 da população mundial, cerca de 21% de crianças de 6 meses a 5 anos são acometidas por esta condição no Brasil.

Dessa maneira temos duas das formas mais frequentes são a anemia fisiológica e a anemia ferropriva.

Nesse post vamos explorar as diferenças entre essas condições e como identificá-las corretamente.

Anemia fisiológica

Todavia a anemia fisiológica, também chamada de anemia do crescimento, é comum em bebês e crianças pequenas. Assim ela ocorre devido ao rápido crescimento e expansão do volume sanguíneo nessa faixa etária.

Durante esse período de crescimento acelerado, a diluição da hemoglobina no sangue é uma ocorrência normal. Isso significa que a quantidade total de hemoglobina pode parecer baixa, mas isso não necessariamente indica um problema de saúde.

Essa condição ocorre nos primeiros 2 a 3 meses da criança devido aos mecanismos citados anteriormente, e é considerada uma condição benigna e autolimitada, já que não requer tratamento específico, uma vez que os níveis de hemoglobina tendem a se normalizar à medida que a criança cresce.

Sinais de alarme para Anemia Patológica

Apesar de existir a anemia fisiológica, existem alguns sinais que fazem suspeitar de uma anemia patológica:

     

      • Hb < 13,5 g/dl no 1° mês de vida;

      • Hb < 9 g/dl;

    • Sinais de hemólise: icterícia, colúria, ou sintomas de anemia;

    Anemia Ferropriva

    Contudo, a anemia ferropriva é causada por uma deficiência de ferro no organismo. O ferro é um componente essencial da hemoglobina, que é responsável por transportar oxigênio no sangue.

     

    A anemia ferropriva é mais comum em crianças a partir dos 6 meses, já que o aleitamento materno tende a ser suficiente para manter os níveis de ferro adequados até o 6° mês de vida.

     

    Os fatores de risco para o desenvolvimento da anemia ferropriva em crianças e adolescentes estão relacionados a baixa reserva materna, aumento da demanda metabólica da criança e deficiência de fornecimento ou mal absorção do ferro ou presença de perdas sanguíneas

    • Baixa reserva materna
      • Gestações múltiplas com pouco intervalo entre elas
      • Dieta materna deficiente em ferro
      • Perdas sanguíneas
      • Não suplementação de ferro na gravidez e lactação
    • Aumento da demanda metabólica:
      • Prematuridade e baixo peso ao nascer (< 2.500g)
      • Lactentes em crescimento rápido (velocidade de crescimento > p90)
      • Grandes perdas menstruais
      • Atletas de competição
    • Déficit no fornecimento
      • Clampeamento precoce do cordão umbilical ( < 1 minuto de vida)
      • Aleitamento materno exclusivo prolongado (> 6 meses)
      • Alimentação complementar com alimentos pobres em ferro ou de baixa biodisponibilidade
      • Consumo de leite de vaca antes de um ano de vida
      • Excesso de consumo de leite de vaca (> 500ml/dia)
      • Consumo de fórmula infantil com ferro de baixa biodisponibilidade
      • Dietas vegetarianas sem orientação de médico/nutricionista
      • Baixa adesão à suplementação profilática com ferro medicamentoso.
    • Má absorção

         

          • Síndromes de má-absorção (doença celíaca, doença inflamatória intestinal)

          • Gastrite atrófica, cirurgia gástrica (bariátrica, ressecção gástrica)

        • Redução da acidez gástrica (antiácidos, bloqueadores H2, inibidores de bomba de prótons)
      • Perdas sanguíneas
        • Traumática ou cirúrgica
        • Hemorragia gastrintestinal (ex: doença inflamatória intestinal, polipose colônica, drogas anti-inflamatórias não esteroides, infecção por Helicobacter pylori, verminose – estrongiloides, necatur, ancilostoma – enteropatias/colites alérgicas, esquistossomose)
        • Hemorragia ginecológica
        • Hemorragia urológica (esquistossomose, glomerulonefrite, trauma renal)
        • Hemorragia pulmonar (tuberculose, mal formação pulmonar, hemossiderose pulmonar idiopática, síndrome Goodpasture, etc)
        • Discrasias sanguíneas
        • Malária

       

      Portanto para distinguir os dois tipos de anemia é importante se atentar à idade da criança, ao quaro clínico, fatores de risco e exames laboratoriais (especialmente o painel do ferro), pois irá ajudar a diferenciar essas duas patologias tão próximas, mas que necessitam de diferentes condutas no seguimento do paciente.

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