Vacinação
A vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) é uma das estratégias mais eficazes para prevenir cânceres relacionados ao vírus, como o câncer de colo do útero.
No Brasil, a vacina estava disponível em esquema de duas doses. Porém, recentemente, houve uma atualização nas diretrizes de vacinação, trazendo uma mudança significativa: a possibilidade de administração em dose única. Mas o que isso realmente significa para a saúde pública e para a prática clínica dos médicos? Vamos explorar.
Como era anteriormente?
Desde 2016 o PNI havia atualizado o esquema a vacinação do HPV para duas doses (com intervalo de 06 meses entre elas) para crianças de adolescentes de 9 a 14 anos.
Benefícios da dose única
A adoção da vacinação do HPV em dose única apresenta uma série de benefícios tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. Em primeiro lugar, simplifica o esquema de vacinação, tornando-o mais conveniente para os pacientes e reduzindo potencialmente as taxas de não adesão e abandono do esquema vacinal. Além disso, a dose única pode diminuir os custos operacionais do programa de vacinação, tornando-o mais eficiente, acessível e com possibilidade de ampliar
Evidências científicas e recomendações
A decisão de adotar a vacinação do HPV em dose única foi baseada em evidências científicas sólidas. Desse modo estudos clínicos demonstraram que uma única dose da vacina é altamente eficaz na prevenção da infecção pelo HPV e no desenvolvimento de lesões pré-cancerosas e câncer de colo do útero. Esses resultados foram corroborados por organizações de saúde de renome, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que agora recomendam a dose única da vacina em seus programas de imunização.
Quem pode tomar a vacina do HPV?
Esta atualização também contém a inserção de um novo grupo prioritário as pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR), de qualquer idade.
💡 Novo esquema da vacina do HPV!
- Dose única:
- Indicação da imunização contra o HPV
- Meninas e meninos de 9 a 14 anos
- Pessoas de 9 a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos (imunossuprimidos)
- Vítimas de abuso sexual
- Pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR)
Conclusão
A atualização na estratégia de vacinação do HPV, com a introdução da dose única, representa um avanço significativo na prevenção do câncer de colo do útero e outras doenças relacionadas ao HPV. Essa mudança simplifica o esquema de vacinação, tornando-o mais conveniente e eficaz, e tem o potencial de impactar positivamente a saúde pública.
Como médicos, é fundamental estarmos atualizados sobre essas mudanças e orientar nossos pacientes da melhor forma possível, garantindo que todos tenham acesso à proteção que a vacina oferece.
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