Texto escrito por Kiara Adelino, estudante de medicina da UECE.
A residência em neurologia tem maior competitividade nas provas e busca cuidar da saúde do sistema nervoso em concomitância com todo o organismo dos pacientes. Com conhecimentos amplos sobre anatomia geral, neuroanatomia, patologia, cirurgia e farmacologia, o trabalho do neurologista se baseia na prevenção de complicações nervosas, diagnóstico precoce de doenças relacionadas a esse sistema e tratamento eficaz de pacientes acometidos com alguma enfermidade neurológica.
Como é a residência em neurologia
A residência requer um trabalho multiprofissional e interdisciplinar para ser realmente benéfico para o paciente, uma vez que o sistema nervoso é o responsável por integrar e coordenar a homeostase de todos os outros. Essa residência é de extrema importância em nosso país, visto que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a maior causa de mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. Também cabe aos neurologistas cuidar de pacientes que sofreram com derrame cerebral e mal de Alzheimer, que estão entre as 10 principais causas de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A duração da residência em neurologia é de 3 anos. Os 12 primeiros meses se delimitam unicamente em clínica médica, já os outros estão focados em neurologia plena.
De acordo com a Comissão Nacional de Residência Médica, as instituições que ofertam essa residência precisam abranger tais atividades nesses períodos: R1 – ambulatório de clínica médica, enfermaria de clínica médica, unidade de terapia intensiva, serviços de urgência, unidade básica de saúde, plantões semanais em serviços de urgência e estágios opcionais. Os residentes rodam, nesse período, em ambulatórios, enfermarias, urgências, unidades básicas e UTI’S de áreas gerais, como Cardiologia, Clínica Geral, Infectologia e Pneumologia.
R2 e R3 – urgência e emergência, ambulatório, unidade de internação, estágios obrigatórios e opcionais e, também, equipamentos e instalações hospitalares. Dessa forma, os residentes têm conteúdos práticos e teóricos, como discussão de casos clínicos, para que o entendimento seja amplo e pleno.
A escolha de instituições
Assim como a escolha das instituições para o curso de graduação em medicina, a escolha daquela onde será feita a residência também tem critérios a serem avaliados. Sendo estes a qualidade do ensino, a estrutura da instituição, a localização, o número de vagas, a remuneração, os docentes da instituição e o valor emocional que o residente pode ter previamente com a instituição. Além disso, de acordo com a ABN (Academia Brasileira de Neurologia), existem cerca de 100 programas de residência médica ofertados, sendo esses federais, estaduais, militares, privados ou filantrópicos. Esses programas estão divididos entre os estados do Brasil e a concorrência nessa residência é bastante elevada, variando em números de até 37 candidatos para uma vaga (Hospital Moinhos de Vento).
O mercado de trabalho
Os neurologistas podem optar por se engajar ininterruptamente em uma subespecialidade, como distúrbios de dor, neurofisiologia e neurologia pediátrica. Ademais, também podem escolher trabalhar acompanhando internados em enfermarias ou se dedicando a plantões de emergência. Caso tenham condições, os formados ainda podem montar o próprio consultório particular. A remuneração desses profissionais é cerca de 5.630,00, com 17h de trabalho semanal. O teto salarial chega a 12.151,27 de acordo com o regime CLT.
Como é a prova
Apesar de concorrida, muitos conteúdos que caem na residência de neurologia também estão presentes em outras provas, como as provas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia, Pediatria, Obstetrícia e Preventiva. Dentro dessas áreas, é importante destacar o diagnóstico diferencial dos tumores do sistema nervoso, doença do neurônio motor e miopatias, AVE hemorrágico, AVE isquêmico e trombose venosa cerebral, cefaleias e demências.
Além disso, cabe pontuar que cada banca organizadora das residências tem sua própria metodologia de prova, então, além das matérias de estudo neurológico, é de suma importância o candidato entender como a prova é organizada. Assim, o estudo pode ser melhor organizado e focado no alvo a ser atingido!
O método que te aprova!
Se você quer garantir a sua aprovação nas provas de residência médica, então conheça o grupo MedCof e a metodologia que já aprovou mais de 10 mil residentes pelo país. Confira o episódio do nosso podcast e saiba mais sobre a neurologia no Brasil: