Você sabe que uma boa relação médico-paciente é indispensável para o exercício da prática médica. A interação entre médicos e pacientes é crucial para a efetividade do tratamento e a satisfação do cuidado. Mas, o que mudou ao longo da história? Como investir nessa relação hoje em dia?
Texto escrito por Juliana Oliveira, acadêmica de medicina da UNINOVE.
História
Antigamente, a função do médico era revestida de caráter mágico e religioso, propriamente como deuses da vida e morte. Hipócrates, conhecido como o “pai da Medicina”, foi o primeiro a abandonar as tradições egípcias e babilônicas que se embasavam nessa ideia para dar lugar ao exercício da medicina baseada em evidências.
Ainda no final do século XIX e início do século XX, o médico era visto como um ser onisciente, aquele que tem saber absoluto e pleno e que tem conhecimento infinito sobre todas as coisas. O paciente tinha uma visão valiosa sob o ato médico, atribuindo uma figura de autoridade e prestígio dentro do ambiente familiar.
Nos dias de hoje, é possível observar as mudanças dessa visão paternalista. A nomenclatura de paciente (cliente) e médico (prestador de serviços) foi alterada, mostrando uma sociedade com menos vínculo e mais exigente por resultados. O desafio de uma relação amigável aumenta quando incluímos nesse cenário o déficit de recursos e tempo nos serviços de saúde.
Estudos que avaliaram O Método Clínico Centrado na Pessoa demonstraram benefício nos desfechos comportamentais e afetivo-cognitivos, principalmente no protagonismo do paciente com o seu cuidado. Acredita-se que uma consulta médica esclarecedora, permitindo o entendimento do paciente sobre o processo saúde/doença e o respeito mútuo, irá favorecer uma relação saudável e sustentável, reduzindo assim possíveis conflitos.
Como investir na relação médico-paciente?
Uma vez que entendemos o que fazer, precisamos desenvolver um plano de ação através de estratégias aplicáveis, como:
- Comunicação efetiva: praticar a escuta ativa, clareza na informação e feedback constante.
- Empatia e humanização: demonstrar compreensão e respeito as particularidades de cada indivíduo.
- Envolvimento do paciente: encorajar e fornecer informações sobre sua condição.
- Confiança e respeito: manter sigilo médico, honestidade e transparência.
- Continuidade do cuidado: acompanhar continuamente e garantir uma abordagem integrada.
- Uso da tecnologia: utilizar e-mails, aplicativos e outras ferramentas digitais para manter contato e fornecer suporte.
- Capacitação profissional: exercitar a autoavaliação, levando em conta o feedback dos pacientes.
- Ambiente de cuidado: garantir um ambiente confortável e tempo para abordar as preocupações dos pacientes.
- Bem-estar do profissional de saúde: nutrir o cuidado pela própria saúde física e mental, para oferecer um atendimento de qualidade.
- Especialização: escolher uma especialidade que mais se aproxima dos seus valores e objetivos, pois isso irá te fornecer maior satisfação profissional, sendo um aliado nessa relação.
Corrigindo a rota
Por fim, vimos acima alguns pontos importantes para fortalecer o vínculo com quem está sob cuidados médicos. A autoavaliação é essencial nesse momento, assim como o desenvolvimento profissional contínuo.
É possível que quanto mais familiarizado com o ambiente e especialidade, você consiga desfrutar de uma abordagem mais assertiva com o paciente. Para isso, além dos cursos de R1 e R+, o Grupo MedCof lançou o programa R-Choices com mentorias individualizadas para te ajudar a escolher a especialidade médica ideal para os seus objetivos e personalidade.
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