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domingo, 24 novembro
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Infecções Puerperais: Identificação e Manejo na Prática Clínica

As infecções puerperais são uma preocupação significativa no período pós-parto, podendo levar a complicações graves se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente. Desse modo, para os estudantes de residência médica, é crucial entender os fatores de risco, os agentes etiológicos e os critérios diagnósticos dessas infecções.

Definição e Importância das Infecções Puerperais

As infecções puerperais são infecções que ocorrem no trato genital feminino após o parto. Elas podem variar de leves a graves e incluem endometrite, infecção urinária, mastite e abscessos. Além disso, a identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações como sepse e choque séptico.

Fatores de Risco e Diagnóstico

Endometrite Puerperal

A endometrite é uma das infecções puerperais mais comuns e é frequentemente associada a cesarianas. De acordo com a literatura médica, a cesariana é o fator de risco mais frequente para endometrite, especialmente se realizada durante o trabalho de parto. Isso ocorre devido à maior exposição do útero a bactérias durante o procedimento cirúrgico.

Morbidade Febril Puerperal

A morbidade febril puerperal define-se como a presença de temperatura axilar (Tax) ≥ 38°C durante dois dias consecutivos, nos primeiros dez dias pós-parto, excluindo as primeiras 24 horas. Portanto, a definição correta não se limita aos primeiros cinco dias pós-parto, mas sim aos primeiros dez dias.

Agentes Etiológicos

Os agentes etiológicos mais comuns nas endometrites puerperais incluem bactérias como Streptococcus do grupo B, Escherichia coli e anaeróbios.

Infecção Urinária Puerperal

Os fatores de risco para infecção urinária puerperal incluem sondagem vesical, cesariana ou parto operatório e alto índice de massa corporal (IMC). A sondagem vesical, em particular, pode introduzir bactérias no trato urinário, aumentando o risco de infecção.

Manejo e Tratamento

Sendo assim, o manejo das infecções puerperais envolve a identificação precoce dos sintomas, a realização de exames laboratoriais e de imagem, e o início imediato de terapia antibiótica adequada. A escolha do antibiótico baseia-se nos patógenos mais prováveis e na sensibilidade local. Em casos graves, pode ser necessário suporte intensivo.

Por fim, confira nosso post sobre residência médica em Ginecologia e Obstetrícia.

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