“Eu pude ver a diferença entre o hospital clínico e o hospital psiquiátrico, e aí conversar com os pacientes, ver que as demandas eram outras, que as angústias eram outras… Fiquei deslumbrado. (…) Eu ficaria feliz em continuar estudando para entender um pouco melhor.”
Experiências como essa, relatadas pelo Dr. Gustavo Yamin em um dos episódios do Papo de Residente, são o que o fazem ver que sua caminhada valeu a pena.
Nessa edição, a MedCof traz um aprofundamento sobre essa caminhada até a residência em Psiquiatria, a qual engloba temáticas comuns também à Neurologia e à Clínica Médica, requisitando cada vez mais atenção, devido a incidência crescente de transtornos mentais no mundo atual, segundo a OMS.
Texto escrito por Karen Cristina, medicina UECE.
Aptidão à residência de Psiquiatria
“Como saber se essa é a residência para mim?” é um questionamento que ocupa a mente de muitos estudantes de Medicina, desde o primeiro semestre.
Um ponto importante para se ter noção sobre a residência em Psiquiatria é que a subjetividade presente na área não torna o tratamento psiquiátrico menos resolutivo. É um âmbito que percorre caminhos diferentes em relação à maioria das áreas médicas e que, desse modo, exige uma maleabilidade de pensamento. Segundo o Dr. Yamin, é fundamental saber o que foi aprendido com um paciente e pode ser transportado para outro.
Assim, escolher a Psiquiatria é assumir uma comunicabilidade, um olho clínico e uma capacidade de escuta e interpretação diferenciados.
Processo Seletivo
São 92 vagas para Psiquiatria, de acordo com o Enare 2024, distribuídas entre os 25 hospitais participantes do Exame.
A nota de corte para a especialidade, no geral, cresceu nos últimos dois anos, tendo uma concorrência de, aproximadamente, 38 candidatos por vaga na fase final do ingresso em 2024.
É fundamental que o futuro residente conheça bem o edital da prova que irá realizar, para se familiarizar com a metodologia da banca avaliadora e com os temas cobrados em cada prova.
Como é a residência?
A residência em Psiquiatria é obtida mediante acesso direto.
Possui 3 anos de duração e é dividida em uma programação didática (carga horária de, no mínimo, 10%), e um treinamento em serviço.
Os programas seguem, geralmente, uma disposição específica orientada pelo Ministério da Educação:
R1 e R2
Nos dois primeiros anos, o residente passa pelos seguintes serviços:
- Urgência psiquiátrica
- Enfermaria
- Neurologia
- CAPS ou hospital-dia
- Interconsulta psiquiátrica
- Ambulatório geral e alguns específicos.
R2 e R3
Do segundo para o terceiro ano, costumam predominar os ambulatórios direcionados para grupos de transtornos mentais, havendo, também, os estágios optativos.
Clique aqui para acessar o Programa Mínimo para Residência em Psiquiatria detalhado.
Mercado de trabalho e rotina
Psiquiatria ambulatorial, forense, hospitalar, de internação e de cuidados intermediários são apenas alguns exemplos extraídos de um universo de possibilidades que a Psiquiatria oferece, o qual vem se expandindo após a popularização vigente da temática da saúde mental.
Assim, o mercado de trabalho hoje é muito promissor e variado.
Contudo, o psiquiatra recém-especializado pode ingressar em uma subespecialidade como as citadas. De acordo com o Regime CLT, o teto salarial chega a R$19.359,58, com uma média salarial de R$9.042,58 para 20h semanais, dependendo de diversos fatores de trabalho, como a localidade, a experiência na função e a política da empresa.
Entretanto, a atuação do médico psiquiatra pode abranger o setor público, instituições privadas e consultórios particulares, sendo abrangida pela modernização tecnológica da área médica, também.
Sua rotina pode contar com consultas avaliativas, prescrição de psicotrópicos, sessões de psicoterapia, trabalho interdisciplinar integrado ao de psicólogos e de outros profissionais da saúde e até plantões em serviços emergenciais.
O método que te aprova
Portanto, se você quer garantir a sua aprovação nas provas de residência médica, então conheça o grupo MedCof e a metodologia que já aprovou mais de 10 mil residentes pelo país. Enfim, confira abaixo o episódio completo do Podcast Papo de Residente, onde falamos como Dr. Gustavo Yamin: