Começando pelo começo, o que é o Abdome Agudo?
O abdome agudo é uma condição médica crítica que requer diagnóstico e tratamento rápidos. Este guia aborda as principais causas, sintomas e condutas para diferentes tipos de abdome agudo, oferecendo uma visão abrangente para médicos e estudantes de medicina.
Tipos de Abdome Agudo
- Inflamatório: Inclui condições como apendicite aguda, doenças das vias biliares e pancreatite. Caracteriza-se por dor progressiva, febre, náuseas e vômitos. O tratamento envolve exames laboratoriais, tomografia ou ultrassonografia, hidratação, antibióticos e, muitas vezes, cirurgia.
- Obstrutivo: Causado por tumores, hérnias e volvos, apresenta-se com dor abdominal, distensão e parada de eliminação de fezes e flatos. A conduta inclui jejum, sonda nasogástrica, analgesia e, frequentemente, cirurgia.
- Perfurativo: Resulta em dor súbita, intensa e difusa, frequentemente associada à peritonite. A radiografia de abdome é essencial para o diagnóstico, e a cirurgia de urgência é a principal conduta.
- Hemorrágico: Caracterizado por dor abdominal súbita, palidez, hipotensão e anemia. Requer cirurgia de urgência e transfusão sanguínea.
- Vascular: Inclui trombose e embolia, com dor desproporcional ao exame físico. A gasometria, lactato e angio-TC são fundamentais para o diagnóstico, e a cirurgia é necessária.
Aprofundando
O manejo eficaz do abdome agudo depende de uma avaliação clínica detalhada e da aplicação de condutas específicas para cada tipo. Como existem muitas quantidades de abdome agudo, vamos escolher uma que cai com muita frequência para explorar com mais detalhes…
Apendicite Aguda: Diagnóstico e Tratamento
A apendicite aguda é uma das emergências cirúrgicas mais comuns, afetando cerca de 8% da população. Por meio das aulas dos nossos professores especialistas, formulamos uma visão detalhada sobre a fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e complicações da apendicite aguda.
Fisiopatologia
A apendicite aguda é geralmente causada pela obstrução luminal do apêndice, resultando em aumento da pressão, edema, proliferação bacteriana e, eventualmente, isquemia e necrose. As causas comuns incluem hiperplasia linfóide, fecalitos, parasitas e tumores.
Diagnóstico
O diagnóstico é predominantemente clínico, baseado na história do paciente e no exame físico. Sintomas clássicos incluem dor epigástrica que migra para o quadrante inferior direito, anorexia, náuseas, vômitos e febre. O Score de Alvarado, frequentemente utiliza-se para auxiliar no diagnóstico, com pontuações acima de 7 indicando alta probabilidade de apendicite.
Tratamento
O tratamento padrão é a apendicectomia, que pode ser realizada de forma convencional ou laparoscópica. A laparoscopia é preferida devido à melhor visualização da cavidade abdominal e menor tempo de recuperação. Em casos de apendicite complicada, pode ser necessária a drenagem de abscessos e antibioticoterapia prolongada.
Complicações
As complicações incluem perfuração, abscesso e peritonite, que podem levar a choque séptico e morte, especialmente em idosos. A apendicectomia de intervalo é recomendada para casos complicados, envolvendo drenagem inicial e cirurgia programada após estabilização do paciente.
Resumindo…
A apendicite aguda requer diagnóstico e tratamento rápidos para evitar complicações graves. Por isso, o MedCof fez esse resuminho pra ajudar vocês, futuros residentes, a lembrarem alguns detalhes desse tema importante. Mas não esqueça, para saber se vocês realmente entenderam tudo, vocês precisam praticar com questões e as do nosso banco QBank são mais que completas para seus estudos. Então, torne -se agora um MedCoffer!