Saiba o que é um estudo de série temporal

Classificação dos estudos epidemiológicos

A classificação dos estudos epidemiológicos e suas respectivas explicações encontram-se aqui. Ao compreender essas classificações, você terá uma visão mais ampla do conceito do estudo abordado neste texto.

Para uma rápida compreensão das diferentes classificações dos estudos epidemiológicos, apresentamos abaixo um mapa mental que sintetiza e organiza visualmente essas categorias.

Conceito

Agregado → Observacional → Longitudinal → Série temporal

Entende-se este estudo como um tipo de desenho do estudo ecológico. Estes estudos comparam um mesmo agregado populacional de determinado local em momentos distintos no tempo, permitindo a análise de tendências temporais.

Um exemplo desse tipo de estudo seria a análise dos óbitos por COVID-19 no Brasil entre 2020 e 2022. Este desenho de estudo oferece uma perspectiva única sobre como determinados desfechos em saúde evoluem ao longo do tempo em uma população específica.

Vantagens:

1. Custo: são relativamente baratos de conduzir.
2. Rapidez: realizados em um período de tempo relativamente curto.
3. Utilização de dados secundários: frequentemente utilizam fontes secundárias de informação, ou seja, informações que já foram recolhidas por outra pessoa ou organização, o que facilita a coleta de dados.
4. Geração de hipóteses: são excelentes para levantar novas hipóteses de pesquisa.
5. Estimativa de efeito: podem estimar o efeito de exposições a nível populacional.

Desvantagens:

1. Confiabilidade das fontes: as fontes de informação utilizadas podem ser pouco confiáveis, o que pode comprometer a qualidade dos dados.
2. Viés de confusão: são mais suscetíveis a vieses de confusão, pois é difícil controlar todas as variáveis em nível populacional.
3. Limitações na causalidade: não permitem estabelecer relações causais diretas entre exposição e desfecho.
4. Falácia ecológica: estão sujeitos à falácia ecológica, onde associações observadas no nível do grupo podem não se aplicar no nível individual.

Apesar das limitações, os estudos agregados observacionais longitudinais são ferramentas valiosas na epidemiologia, especialmente para a compreensão de tendências em saúde pública e para a geração de hipóteses que podem ser posteriormente testadas em estudos mais robustos.

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