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quinta-feira, 21 novembro
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Descubra quais são os procedimentos invasivos da Medicina Fetal

O que vamos falar?

Claro que a Medicina Fetal é complexa e atinge um público delicado, por isso a importância de dominar os conhecimentos acerca dos procedimentos incluídos nela. Com isso, muitas provas de residências médicas cobram questões com conhecimentos dessa área, então vamos revisar alguns como:  

  1. Avaliação diagnóstica
  2. Procedimentos gerais 
  3. Indicações gerais
  4. Teste de triagem 
  5. Complicações gerais

Avaliação Diagnóstica

Os tratamentos invasivos têm como objetivo primário a avaliação diagnóstica dos fetos, de forma a antecipar o conhecimento sobre qualquer situação adversa para iniciar os cuidados neonatais. Esses tratamentos são válidos para biópsia de vilo corial, amniocentese e cordocentese. O NIPT (teste pré-natais não invasivos) acontece a partir da coleta de sangue periférico da mãe para identificar material genético fetal circulante livre, com isso ocorre um estudo para avaliação genética.

A avaliação permite identificar malformações fetais e doenças infecciosas maternas agudas (com chance de transmissão vertical). Filhos anteriores com cromossomopatia, histórico familiar de mosaicismo, translocação balanceada e aneuploidia possuem a possibilidade de afetar o desenvolvimento do bebe e podem ser identificadas por procedimentos assim.

Procedimentos gerais

Cuidados gerais

Para realização de procedimentos invasivos, é preciso avaliar, primeiramente, a vitalidade fetal e a quantidade de líquido amniótico. Além disso, é preciso avaliar se há necessidade de antibioticoprofilaxia e qual a tipagem sanguínea materna (administra-se imunoglobulina anti-D se for Rh-). Se a paciente apresentar sintomas, a terapia envolve os sintomas específicos! 

Complicações Gerais

As complicações envolvem a perda fetal (de 0,2 a 2% das vezes), rotura prematura das membranas ovulares (0,3 a 0,5% das vezes), sangramento, corioamnionite e sensibilização devido ao Rh.  

Biopsia de Vilo Corial

O momento ideal para realizar a biópsia é após 10 semanas de gestação (principalmente entre 11 e 13 semanas). Esse procedimento envolve complicações específicas a como ocorre, como a falha de crescimento do trofoblasto, mosaicismo na amostra e redução de membros inferiores e hipoplasia oromandibular. 

Curiosidade: Se a biópsia indicar mosaicismo no vilo corial, é possível fazer a amniocentese (mais específica). 

O procedimento envolve assepsia e antissepsia corretas, anestesia local, guiada por ultrassonografia, agulhamento de raquianestesia (7 a 20 G.) e movimentação de leque no momento de entrada e saída (para aspiração de cerca de 3 a 5 ml da porção corial).

Amniocentese

No caso desse procedimento, o momento ideal para realizar é após 15 semanas. O objetivo dele é encontrar células fetais circulantes no líquido amniótico. Se mal organizado, esse procedimento pode ocorrer falha de crescimento de cultura celular (normalmente, quando pouco material é coletado), mosaicismo na amostra e, se não realizado na idade gestacional adequada, pode haver deformidades ortopédicas ou deformidades respiratórias. 

Curiosidade: a realização precoce desse procedimento aumenta o risco de pé torto congênito e bridas amnióticas. 

A técnica de procedimento envolve, também, assepsia e antissepsia corretas, anestesia local e agulhamento (agora de 20 a 22 G.). Posiciona-se a agulha por ultrassonografia em direção ao saco amniótico e são aspirados de 15 a 20 ml. 

Cordocentese

O momento ideal para esse procedimento é após 18 a 20 semanas, pois apresenta maior taxa de complicações se feito fora dessa idade gestacional, ou em condições de Oligoâmnio e hidropisia fetal. É comum que ocorram complicações específicas como falha na obtenção de sangue fetal, sangramento ou hematoma no local de punção, trombose de vasos umbilicais, bradicardia persistente e maiores taxas de óbito fetal caso não seja realizado com a devida técnica.  

A maneira de realizá-lo também envolve assepsia e antissepsia, anestesia local, agulhamento de raquianestesia de 0 a 22 G. e pulsão da veia umbilical

Curiosidade: esse procedimento ainda pode ser útil para transfusão sanguínea fetal. 

Fetoscopia

Indica-se esse procedimento em avaliações diagnósticas (porém já está em desuso) e avaliação da função terapêutica atual, por fotocoagulação a laser de anastomoses placentárias (STFF), oclusão de cordão umbilical de feto acárdico, oclusão traqueal na hérnia diafragmática e descompressão traqueal.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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