O que é?
A reposição hormonal é um tratamento que visa repor os hormônios que o corpo deixa de produzir naturalmente, principalmente em fases como a menopausa (80% das pacientes relataram algum sintoma). Muitas mulheres decidem realizá-la para aliviar esses sintomas do desequilíbrio hormonal (como suor noturno, secura vaginal e alterações de humor) e para prevenir doenças (por exemplo a osteoporose). As mulheres que a realizam obtém um aumento substancial na expectativa de vida, uma vez que a terapia reduz, principalmente, os sintomas vasomotores (tanto sua ocorrência, quanto sua intensidade). Essa terapia é realizada, normalmente, após 10 anos do início da menopausa (em média nos 45 anos) ou antes dos 60 anos de idade. Se ela for iniciada após esse período, o risco cardiovascular é bastante aumentado.
Efeitos
Quando bem administrada, ela pode melhorar a atrofia vulvovaginal, prevenir a perda de massa óssea e (reduzindo o risco de fraturas), melhorar a incontinência urinária, melhorar a função sexual, diminuição do risco cardiovascular, redução do risco de câncer de cólon, melhora no controle glicêmico e nos padrões de sono e humor.
Riscos
Se aplicada a TH combinada, há um aumento mínimo (0,1% ao ano – menor que inatividade física e obesidade) para câncer de mama. Estudos indicam que, em contrapartida, se ela for aplicada de forma isolada, há redução do risco. Considerando risco pessoal e familiar, pode haver aumento do risco para TEV e TEP. Para reduzir isso, é preferível a via transdérmica nas pacientes obesas (maior incidência). Além disso, podemos citar as colecistopatiais , tanto na TH isolada quanto na combinada.
Modo de Aplicação
A reposição hormonal ocorre através de medicamentos que contêm os hormônios que estão em falta no organismo, como o estrogênio e a progesterona. A forma de administração pode variar, como comprimidos, adesivos ou geis.
É importante ressaltar que a reposição hormonal precisa de indicação e acompanhamento por você, médico. Cada caso possui sua particularidade, assim personaliza-se o tratamento de acordo com as necessidades de cada paciente.
Regimes Terapêuticos
O modo de terapia depende da condição da paciente. Para mulheres histerectomizadas utiliza-se estrogênio isolado, para as com útero prefere-se a terapia combinada (estroprogestagênica). Abaixo, vamos listar as condutas para tomar na terapia com estrogênio e com progestagênios.
Com estrogênio empregado
Tipos | Doses | Via de administração |
170-estradiol micronizado | 1 mg por dia | Oral |
estradiol | 25, 50 e 100 µg por dia | Transdérmica |
0,5; 0,6 e 1 mg por dia | Percutânea | |
valerato de estradiol | 1 a 2 mg por dia | Oral |
estrogenio conjugado | 0,3 a 06 mg por dia | Oral |
estriol | 1 mg por dia | Oral |
0,5 mg por dia | Vaginal | |
promestrieno | 10 mg por dia | Vaginal |
Com progestagênios empregados
Progestagênio | Doses | Vias de Administração |
Acetato de ciproterona | 1 mg por dia | Oral |
AMP | 1,5 a 10 mg por dia | Oral |
Acetato de nomegestrol | 2,5 a 5 mg por dia | Oral |
Noretisterona | 0,35 a 5 mg por dia | Oral e transdérmica |
Dirosterona | 5 a 10 mg por dia | Oral |
Drospirenona | 2 mg por dia | Oral |
Gestodeno | 0,025 mg por dia | Oral |
Levonorgestrel | 0,25mg por dia | Oral ou SIU |
Progesterona micronizada | 100 e 200 mg por dia | Oral ou vaginal |
Em último caso, devemos analisar a possibilidade da terapia androgênica. Para ela, é preciso considerar a associação com transtorno de desejo sexual hipoativo, se não houver melhora com terapia combinada padrão.
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