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domingo, 24 novembro
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Doença de Behçet: Quadro clínico, diagnóstico, tratamento e mais

Histórico

O nome da doença é originário do oriente médio, com maior incidência na Turquia. Sendo assim, os países com maior prevalência pertencem à antiga Rota da Seda. É considerado uma vasculite em vasos mistos ou variáveis.

Epidemiologia

Ela tem manifestação semelhante entre homens e mulheres, sendo mais comum entre os 20 e 30 anos. Ela tem correlação com HLA-B51, apesar de não ser necessário pesquisar na rotina. 

Quadro Clínico

Úlceras bipolares: também chamadas de cutaneomucosas, podem ser divididas em orais e genitais.

Fonte: N Eng J Med 2019;
OraisGenitais
Não deixa cicatrizDeixa cicatriz
Poupa labiosPoupa glande
Com halo eritematosoPrincipalmente no escroto
Com pseudomembrana esbranquiçada Úlcera dolorosa

Lesões cutâneas: com eritema nodoso, acneiformes, pseudofoliculite, eritema, multiforme, pioderma gangrenoso e pápula o nódulo maior que 2 mm descoberto em patergia (exame de reação provocativo a partir da inserção de uma agulha na região subepidérmica e observação da reação local de 24-48 horas) 

Fonte: A case of erythema nodosum. James Heilman

Oftalmológica: com uveite, hipopio, vasculite e retiniana.

Fonte: https://www.wikiwand.com/t/HipopionHipopio
  • Neurológicos: Romboencefalite, mais comum em homens e no início da doença, acomete 10% dos pacientes. 
  • Vascular: essa é a manifestação mais grave, pois apresenta mortalidade de até 25%. Acometem vasos variáveis, tanto por vasculite quanto por trombose (inflamatória). Podemos, ainda, incluir aneurisma de artéria pulmonar (critério de contraindicação de coagulação).
  • Artrite: não erosiva e autolimitada.

Diagnóstico

Os critérios internacionais foram indicados em 2014 e pontuam os diferentes sintomas com diferentes pontos: 

Sintomas ou sinaisPontuação  
Lesão ocular 2
Úlcera genital 2
Úlcera oral 2
Lesões cutâneas 1
Manifestações neurológicas1
Manifestações vasculares1
Teste de patergia +2

Tratamento

Para finalizar, podemos detalhar um pouco do tratamento com o uso de corticoides tópicos no local das lesões orais e colchicina nas lesões mucocutâneas. Para casos mais graves, ocorre a pulsoterapia com corticoide + imunossupressão (como azatioprina e ciclosporina). 

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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