O que é a ultrassonografia?
A ultrassonografia, também conhecida como ultrassom ou ecografia, é um exame de imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência para gerar imagens em tempo real de órgãos internos e outras estruturas do corpo. É um exame não invasivo, que pode nos oferecer diversas aplicações na obstetrícia, dentre as quais podemos citar: parâmetro mais fidedigno para datação da gravidez, avaliações do crescimento do bebê e o posicionamento do feto. Vamos avaliar algumas importantes observações adquiridas por ele a partir das fases da gestação.
Localização da gestação
O USG pode nos indicar se a gestação é ectópica ou tópica com brevidade para iniciarmos os tratamentos possíveis.
Evolução da gestação
Para analisarmos a evolução, são necessários marcos ultrassonográficos realizados por USG transvaginal. Com 4 semanas podemos observar o saco gestacional (identificado por imagem anecoica, arredondada e lisa se mostrar sinal intradecidual e por imagem hiperecogênica quando em duplo sinal decidual.
Com 5 semanas, a vesícula vitelina aparece como uma imagem arredondada, medindo cerca de 3-4 mm. Com 5,3-6 semanas, podemos identificar a atividade cardíaca do embrião.
Se essas análises estiverem desreguladas, podemos avaliar se a gestação não está evoluindo por meio dos critérios SRU de 2013. As análises podem ser feitas em exame isolado ou em exames seriados:
- Isolado:
Saco gestacional com Diâmetro Interno Médio menor que 25 mm ou sem embrião; embrião com comprimento Crânio-Nádega maior que 7 mm sem atividade cardíaca.
- Seriados:
Ausência de embrião com BCE depois de 11 dias (sabendo haver saco gestacional maior que 35 mm e vesícula vitelina); ausência de embrião depois de 14 dias (quando havia saco vitelino maior que 25 mm, mas sem vesícula vitelina).
Número de fetos e tipo de gemelaridade
A USG-transvaginal realizada com menos de 10 semanas é ideal para definir o diagnóstico de gemelaridade e o tipo. A corionicidade tem extrema importância no sentido de avaliar os riscos fetais, assim como a programação dos segmentos e a idade gestacional. Quando o número de fetos ultrapassa 1, podemos ter a gemelaridade do tipo dicorionica (diamniotica), monocorionica diamniotica e monocorionica monoamniotica. Pellentesque (30).
Datação da gestação
Antes de detalhar, é importante ressaltar que todo parâmetro biométrico de datação da gestação possui uma margem de erro!
Os parâmetros e métodos usados são mais precisos quanto mais precoce forem feitos. Além disso, quanto mais precoce a gestação, menor a variação biológica entre diferentes fetos, portanto mais precisa a datação pode ser.
O parâmetro mais precoce usado é o DIM (Diâmetro Interno Médio) do saco gestacional. Com o número do DIM, somado com 30, temos a IG em dias. Contudo, o método mais preciso e o CCN no 1o trimestre (utilizando 84 mm), com margem de erro de:
- Até 8 semanas e 6 dias (CCN menor que 22 mm) = 5 dias
- Entre 9 e 13 semanas e 6 dias = 7 dias
- Após 84 mm de CCN ➡ vários parâmetros biométricos.
Porém, a CCN pode ser alterada por causa de mudanças no diâmetro biparietal, circunferência cefálica e abdominal e o comprimento do fêmur.
Peso e crescimento fetal
O peso fetal é uma estimativa realizada por meio de fórmulas que empregam múltiplos parâmetros biométricos. Existem dezenas de fórmulas, porém as mais utilizadas são a de Hadlock (1985), com 3 parâmetros (CC, CA e CF) ou 4 (CC, DPB, CA e CF).
Na imagem, são usados como pontos de referência o DPB (diâmetro biparietal) e da CC (circunferência cefálica) na primeira da esquerda superior; CA (circunferência abdominal) na direita superior e CF (comprimento da diáfise femoral) na inferior.
As curvas de peso e crescimento fetal podem ser feitas a partir de dados retirados das fórmulas acima. Com eles, podemos inferir se os parâmetros estão abaixo, dentro ou acima do esperado para a dada idade. Os valores referenciais são construídos com toda a população, independente das condições materno-fetais , por isso é incluído viés na construção das curvas (populações ideais). Podemos analisar curvas universais, regionais/locais e individuais, entre as quais não há consenso quanto a melhor. Alguns exemplos são a Intergrowth 21st (2014), WHO (2017); Hadlock (1991); NICHD (2015) e GROW, GAP.
Dopplervelocimetria Obstétrica
Por meio deste exame, podemos analisar o fluxo sanguíneo nas artérias uterinas, na artéria umbilical, artéria cerebral média e ducto venoso. A verificação da velocidade de passagem do sangue nesses vasos nos permite avaliar a resistência ou não do fluxo na interface útero-placentária ou útero-fetal. Por meio delas podemos chegar a diagnósticos de pré-eclâmpsia, risco de RCF, aneuploidias e cardiopatias.
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