A cirurgia cardíaca é um procedimento médico que envolve a reparação ou substituição de partes do coração. Essa especialidade da cirurgia é feita quando há:
- Doenças das válvulas cardíacas: Quando as válvulas não abrem ou fecham corretamente, o fluxo sanguíneo é prejudicado.
- Doenças das artérias coronárias: Estas artérias fornecem oxigênio ao coração. Quando obstruídas, podem causar um ataque cardíaco.
- Defeitos cardíacos congênitos: Presentes desde o nascimento, esses defeitos podem afetar a estrutura e o funcionamento do coração.
- Tumores cardíacos: Embora raros, tumores podem se desenvolver no coração e interferir em sua função.
A cirurgia pode ser feita com o peito aberto (para cessar o coração) ou de modo minimamente invasivo (pequenas incisões com instrumentos especiais). Independente desses fatores, motivo e tipo cirúrgico, alguns exames fazem parte da monitoração básica. Em casos especiais usamos monitoração de drenos, de Swan-Ganz, a minimamente invasiva e a Pocus.
Monitoração básica
É indicado que analisemos de forma geral o ECG, a Oximetria, a Capnografia, o SVD e PVC, a PAi, o Débito dos Drenos, o Débito Urinário e o Exame físico (com FC, ausculta cardíaca e Pressão do pulso).
Monitoração dos Drenos
Avaliados o aspecto e o volume sanguíneo. É importante ressaltar que o tempo de enchimento capilar é menor que 3 segundos! (se passar disso há alteração).
Swan-Ganz
Com essa, podemos medir a pressão no Átrio Direito, Ventrículo Esquerdo e na Artéria Pulmonar, por meio de cateteres com Balonete insufláveis.
Minimamente Invasiva
Essa faz a monitorização hemodinâmica de acordo com variações de onda de pulso (por meio do Débito Cardíaco, Índice Cardíaco, SvO2, Volume Sistólico e etc). A monitorização da SvO2 permite a avaliação do equilíbrio entre oferta e demanda de O2.
Pocus
Esse é o exame cardíaco feito no Beira-leito que avalia 3 locais básicos: janelas paraesternal, subxifoide e apical. Com ele podemos identificar disfunções miocárdicas assincronia septal, avaliar próteses e marcador de má-proteção miocárdica.
Bioquimica
Podemos avaliar, bioquimicamente, alguns indicadores da saúde pós-operatória. Podemos medir o lactato no sangue (pode prever desfecho pior ou melhor), isquemia tecidual, distúrbios eletrolíticos, equilíbrio ácido-base e SvO2.
Quais as possíveis Cardiopatias?
Depois da admissão correta na UTI (com cuidados no transporte e passagem adequada para a equipe) e dos monitoramentos acima, as possíveis cardiopatias que podem ser detectadas são:
- Dilatada: Quando encontramos esse, devemos melhorar a performance sem elevar a demanda miocárdica oxigênio.
- Isquêmica: Devemos aplicar vasodilatadores para preservar os enxertos, aliado ao recrutamento com PEEP alta.
- Hipertrófica: Temos que diminuir o pós-carga e favorecer volumes de enchimento menores.
Mas e se eu identificar Arritmias?
Por meio do monitoramento por ECG, as Bradicardias e as Taquicardias podem indicar inadequação pós-cirúrgica.
Bradicardias
Entre elas, o bloqueio atrioventricular total e o mais comum em procedimentos valvares, CIV e fios de marcapasso provisório.
Taquiarritmias
As principais apresentações dessa condição são: taquicardia ectópica juncional, supraventricular e de cardiopatias congênitas. Na identificação desse, também podemos usar o marcapasso provisório, estimulando um FC acima da taquicardia, e utilizar o ERAS (Enhanced Recovery After Surgery), que inclui cuidados pós-operatório diretos, pré e intra operatórios e o acompanhamento.
E se houver Parada Cardiorrespiratória?
De acordo com a etiologia da PCR, devemos focar na resolução rápida das causas reversíveis, pontuando os 6 pontos-chave na Parada Cardiorrespiratória:
- Reconhecimento dos sinais: Perda de consciência, Ausência de respiração, Ausência de pulso
- Chamamento de ajuda: Auxílio da equipe médica
- Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP): Por meio das compressões torácicas
- Ventilações: Ventilações boca a boca ou com um dispositivo de barreira.
- Utilize um desfibrilador e aplique choque se necessário
- Insistência e perseverança
Curiosidade: A massagem cardíaca interna é superior à externa no paciente com esternotomia recente, nos quais a ressuscitação deve durar mais de 5 minutos.
Prepare-se conosco!
Quer se preparar para as provas de residência médica de 2025? Então prepare-se com o Grupo MedCof e confira o vídeo no qual nossos especialistas tiram dúvidas sobre as principais residências!