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quinta-feira, 21 novembro
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Curiosidades sobre Pós-operatório da Cirurgia Cardíaca

A cirurgia cardíaca é um procedimento médico que envolve a reparação ou substituição de partes do coração. Essa especialidade da cirurgia é feita quando há: 

  • Doenças das válvulas cardíacas: Quando as válvulas não abrem ou fecham corretamente, o fluxo sanguíneo é prejudicado.
  • Doenças das artérias coronárias: Estas artérias fornecem oxigênio ao coração. Quando obstruídas, podem causar um ataque cardíaco.
  • Defeitos cardíacos congênitos: Presentes desde o nascimento, esses defeitos podem afetar a estrutura e o funcionamento do coração.
  • Tumores cardíacos: Embora raros, tumores podem se desenvolver no coração e interferir em sua função.

A cirurgia pode ser feita com o peito aberto (para cessar o coração) ou de modo minimamente invasivo (pequenas incisões com instrumentos especiais). Independente desses fatores, motivo e tipo cirúrgico, alguns exames fazem parte da monitoração básica. Em casos especiais usamos monitoração de drenos, de Swan-Ganz, a minimamente invasiva e a Pocus. 

Monitoração básica 

É indicado que analisemos de forma geral o ECG, a Oximetria, a Capnografia, o SVD e PVC, a PAi, o Débito dos Drenos, o Débito Urinário e o Exame físico (com FC, ausculta cardíaca e Pressão do pulso). 

Monitoração dos Drenos

Avaliados o aspecto e o volume sanguíneo. É importante ressaltar que o tempo de enchimento capilar é menor que 3 segundos! (se passar disso há alteração).

Swan-Ganz 

Com essa, podemos medir a pressão no Átrio Direito, Ventrículo Esquerdo e na Artéria Pulmonar, por meio de cateteres com Balonete insufláveis.  

Minimamente Invasiva

Essa faz a monitorização hemodinâmica de acordo com variações de onda de pulso (por meio do Débito Cardíaco, Índice Cardíaco, SvO2, Volume Sistólico e etc). A monitorização da SvO2 permite a avaliação do equilíbrio entre oferta e demanda de O2.

Pocus

Esse é o exame cardíaco feito no Beira-leito que avalia 3 locais básicos: janelas paraesternal, subxifoide e apical.  Com ele podemos identificar disfunções miocárdicas assincronia septal, avaliar próteses e marcador de má-proteção miocárdica.

Focos de avaliação da Pocus

Bioquimica

Podemos avaliar, bioquimicamente, alguns indicadores da saúde pós-operatória. Podemos medir o lactato no sangue (pode prever desfecho pior ou melhor), isquemia tecidual, distúrbios eletrolíticos, equilíbrio ácido-base e SvO2. 

Quais as possíveis Cardiopatias?

Depois da admissão correta na UTI (com cuidados no transporte e passagem adequada para a equipe) e dos monitoramentos acima, as possíveis cardiopatias que podem ser detectadas são:  

  1. Dilatada: Quando encontramos esse, devemos melhorar a performance sem elevar a demanda miocárdica oxigênio. 
  2. Isquêmica: Devemos aplicar vasodilatadores para preservar os enxertos, aliado ao recrutamento com PEEP alta.
  3. Hipertrófica: Temos que diminuir o pós-carga e favorecer volumes de enchimento menores.

Mas e se eu identificar Arritmias? 

Por meio do monitoramento por ECG, as Bradicardias e as Taquicardias podem indicar inadequação pós-cirúrgica.

Bradicardias 

Entre elas, o bloqueio atrioventricular total e o mais comum em procedimentos valvares, CIV e fios de marcapasso provisório. 

Taquiarritmias

As principais apresentações dessa condição são: taquicardia ectópica juncional, supraventricular e de cardiopatias congênitas. Na identificação desse, também podemos usar o marcapasso provisório,  estimulando um FC acima da taquicardia,  e utilizar o ERAS (Enhanced Recovery After Surgery), que inclui cuidados pós-operatório diretos, pré e intra operatórios e o acompanhamento.     

E se houver Parada Cardiorrespiratória? 

De acordo com a etiologia da PCR, devemos focar na resolução rápida das causas reversíveis, pontuando os 6 pontos-chave na Parada Cardiorrespiratória: 

  • Reconhecimento dos sinais: Perda de consciência, Ausência de respiração, Ausência de pulso
  • Chamamento de ajuda: Auxílio da equipe médica
  • Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP): Por meio das compressões torácicas       
  • Ventilações: Ventilações boca a boca ou com um dispositivo de barreira.
  • Utilize um desfibrilador e aplique choque se necessário   
  • Insistência e perseverança 

 Curiosidade: A massagem cardíaca interna é superior à externa no paciente com esternotomia recente, nos quais a ressuscitação deve durar mais de 5 minutos. 

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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