A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), publicou uma pesquisa onde mostra a oferta, evolução e distribuição de vagas no período de 2018-2024 entre o curso de Graduação em Medicina e os cursos de Residência Médica.
Defasagem entre oferta de graduação e residência médica
O estudo trás dados que preveem mais de 1 milhão de médicos formados até o ano de 2035.
No ano de 2024, o Brasil registrou um total de 47.718 médicos envolvidos em programas de Residência Médica, correspondendo a cerca de 8% do número total de médicos atuantes no país.
O estudo revelou uma defasagem entre o número de vagas de graduação em Medicina e a oferta de vagas para Residência Médica (R1), ao comparar anualmente a quantidade de vagas de R1 com o número de recém-formados em Medicina do ano anterior.
Em 2023/2024, mesmo com 16.189 vagas em especialidades de acesso direto, a oferta não foi suficiente para atender à estimativa de 27.263 novos médicos formados em 2023.
Essa diferença vem crescendo ao longo dos anos: em 2018, faltavam 3.886 vagas para atender à demanda, enquanto em 2024 esse número saltou para 11.074. O estudo ainda alerta que o déficit deve aumentar, uma vez que, a curto prazo, mais de 42 mil médicos serão formados anualmente no Brasil, impulsionados pela abertura de novas escolas médicas e pelo total de vagas já autorizadas pelo MEC.
Confira os dados disponibilizados:
Vagas para residência médica pelo país
Ao longo dos anos, notou-se um aumento no número de residentes em todas as unidades da Federação.
Apesar das regiões Sudeste e Sul concentrarem a maior quantidade de vagas para residência médica, todas as regiões obtiveram um aumento significativo nos números, confira todos os dados na tabela a seguir:
Estudo completo
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