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sábado, 23 novembro
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Fatores da Obesidade: como diagnosticá-la na clínica médica

Conceitos gerais 

A obesidade é um problema de saúde pública no Brasil que vem se agravando nos últimos anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, um número cada vez maior de brasileiros está acima do peso, o que aumenta o risco de diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças do coração.

A fisiopatologia da obesidade é multifatorial, já que possui influências ambientais, genéticas e comportamentais (incluindo as questões psicossociais).

Não podemos relacionar a obesidade somente ao sobrepeso, mas ele é um importante indicador da condição do paciente.

Metabolismo 

Um conhecimento importante para as provas é a forma como o metabolismo é afetado pela obesidade ou como a desregulação dele pode ser a causa da condição. Por várias vias complexas, os diferentes fatores que podem envolver a obesidade se correlacionam, o que pode causar uma intensificação da condição. Abaixo, vamos analisar um fluxograma para entender a complexidade dos sistemas metabólicos envolvidos.

Um detalhe muito importante a ser citado é que na maioria das questões que envolvem a obesidade cobradas nas provas de residência, precisamos entender como cada substância atua sobre as diferentes vias: estimulando ou inibindo. Uma das substâncias mais cobradas é a Grelina, já que ela é a única que estimula a via orexígena (todas as outras estimulam a via anorexígena). 

O que é a via orexígena?

A via anorexígena envolve uma complexa rede de hormônios e neurotransmissores que interagem no sistema nervoso central, principalmente no hipotálamo. Quando comemos, diversos sinais são enviados para o cérebro, indicando que estamos saciados. Esses sinais incluem: Hormônios (A leptina, produzida pelas células adiposas, e a colecistocinina (CCK), liberada pelo intestino, são exemplos de hormônios que atuam na via anorexígena, promovendo a sensação de saciedade) e Neurônios  (Neurônios especializados no hipotálamo expressam receptores para esses hormônios, desencadeando uma cascata de eventos que inibem o apetite e aumentam o gasto energético).

Diagnóstico

Podemos analisar diversos indicadores para finalizar um diagnóstico de obesidade, como:

1- Índice de massa corpórea – IMC;

Apesar de não ser tão preciso (já que não analisa a composição corpórea de gordura, músculo e ossos do paciente) é o marcador com maior aplicabilidade populacional. Ele não nos proporciona uma análise individual, mas é a medida mais cobrada em provas devido a facilidade de aplicá-la na clínica. 

IMC (kg/m2)Classificação 
<18,5Baixo peso/ magreza
18,5 – 24,5Eutrofico/ normal 
25 – 29,9Sobrepeso
30 – 34,9Obesidade grau 1
35 – 39,9Obesidade grau 2
>40Obesidade grau 3

2 – Relação cintura-quadril – RCQ;

Esse pode nos dar uma melhor avaliação da distribuição da gordura corporal

3 – Circunferência abdominal;

Usado como marcador cardiovascular associado ao IMC, avalia-se essa medida durante todo tratamento e seguimento.

4 – Medidas de pregas cutâneas;

Essa pode nos indicar a correlação entre gordura localizada no tecido adiposo subcutâneo e gordura corporal total. As pregas normalmente usadas são: subescapular, triciptal, biciptal, suprailíaca e coxa. 

5 – Bioimpedância ou impedanciometria elétrica.

Usada para mensurar o tecido adiposo a partir da resistência à passagem da corrente elétrica. A vantagem de usar essa técnica é a facilidade e praticidade do aparelho, contudo a desvantagem é a fragilidade dele a influência da temperatura e ciclo menstrual. 

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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