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quinta-feira, 09 janeiro
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Causas e efeitos: entenda a paralisia facial

A paralisia facial é uma condição neurológica que afeta a capacidade de controle dos músculos faciais, resultando em perda de movimento em um lado do rosto. Essa condição pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, afetando funções básicas como piscar, sorrir e até mesmo falar. Em razao disso, o Grupo MedCof preparou esse artigo que explora as causas, diagnóstico, opções de tratamento e intervenções cirúrgicas para a paralisia facial, para que vocês, futuros residentes, saibam os detalhes envolvidos nos cuidados desse paciente. Além disso, quando falamos de residência em Cirurgia e em Neurologia, essa é uma importante temática cobrada nas provas!

Causas da Paralisia Facial

A paralisia facial pode ser causada por uma variedade de fatores, que são classificados principalmente em três categorias: lesões intracranianas, intratemporais e extratemporais.

Fonte: https://pin.it/4ScVtfiYr 
  • Lesões Intracranianas: Estas incluem anormalidades vasculares, tumores, traumas e desordens degenerativas como a síndrome de Guillain-Barré e sarcoidose. 
  • Lesões Intratemporais: A paralisia de Bell é a mais comum, mas também pode ser causada por trauma, infecções virais e bacterianas (como Lyme, HIV, VZV, HSV, EBV) e tumores.
  • Lesões Extratemporais: Podem resultar de trauma, tumores da parótida e causas iatrogênicas.

Diagnóstico

O diagnóstico da paralisia facial é clínico, mas é essencial investigar a causa subjacente para um tratamento eficaz. Exames complementares são geralmente realizados para determinar o prognóstico e a extensão da lesão. A eletroneuromiografia, por exemplo, pode fornecer um prognóstico precoce ao avaliar a desnervação, enquanto a eletromiografia pode indicar atrofia muscular irreversível.

Tratamento

O tratamento da paralisia facial varia de acordo com a causa e a gravidade da condição. As abordagens incluem:

  • Tratamento Clínico: Proteção da córnea é uma prioridade, especialmente em casos de lagoftalmo (incapacidade de fechar o olho). Medidas incluem o uso de lubrificantes, pomadas e tampões específicos.

Tratamento Cirúrgico: Em casos de lagoftalmo moderado a grave, intervenções cirúrgicas como o uso de peso de ouro para restaurar a função esfincteriana são consideradas. A reinervação e a reconstrução nervosa são opções para restaurar a simetria facial e a função muscular.

Abordagens Cirúrgicas

A cirurgia para paralisia facial pode ser dividida em estática e dinâmica, dependendo da viabilidade da musculatura e do tempo decorrido desde o início da paralisia.

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Cirurgia Estática: Inclui o uso de pesos de ouro e slings de tendão para correção de lagoftalmo e continência oral. Esta abordagem é mais comum em casos onde a paralisia dura mais de 18-24 meses, resultando em atrofia muscular irreversível.

Cirurgia Dinâmica: Utiliza retalhos de músculos funcionais, como o músculo temporal ou masseter, para substituir os músculos paralisados. A transferência nervosa, como o procedimento cross-face, pode ser realizada para reinervar os músculos faciais, especialmente em pacientes jovens.

Curiosidade: você sabia que o cantor Justin Bieber já foi diagnosticado com paralisia facial? 

Fonte: https://pin.it/1egkSKRtz

Considerações e Prognóstico

A paralisia de Bell, uma das formas mais comuns de paralisia facial, é geralmente uma condição benigna com alta taxa de recuperação. No entanto, o tratamento precoce com corticoterapia pode reduzir a neurite e acelerar a recuperação. Em casos de trauma ou suspeita de tumor, a intervenção cirúrgica é frequentemente necessária para reconstruir o nervo e restaurar a função.

O prognóstico da paralisia facial depende da causa subjacente, do tempo de início do tratamento e da resposta do paciente às intervenções. A avaliação contínua e o acompanhamento são essenciais para ajustar o tratamento conforme necessário e otimizar os resultados.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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