O câncer de próstata é uma das neoplasias mais comuns entre os homens, com uma incidência significativa no Brasil. Compreender o manejo e tratamento desta condição é crucial para qualquer Médico e profissional da Saúde. Por isso, preparamos uma revisão abrangente, abordando desde a epidemiologia até o tratamento e seguimento do câncer de próstata.
Epidemiologia do Câncer de Próstata
O câncer de próstata é o tipo de câncer mais incidente em homens no Brasil, com 65.840 novos casos registrados em 2020, segundo dados do INCA. É uma neoplasia de evolução lenta, e estima-se que cerca de 1 em cada 8 homens será diagnosticado com a doença em algum momento da vida. A mortalidade, embora significativa, é a segunda mais alta entre os cânceres em homens, destacando a importância do diagnóstico precoce e manejo adequado.
Fatores de Risco
Vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento do câncer de próstata:
- História Familiar: Homens com mais de dois parentes de primeiro grau afetados apresentam um risco relativo aumentado.
- Etnia: É mais comum em homens negros.
- Idade: O risco aumenta significativamente com a idade.
- Mutações Genéticas: Alterações no gene BRCA2 estão presentes em até 5% dos casos.
Rastreamento e Diagnóstico
O rastreamento é uma ferramenta importante para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, especialmente em pacientes assintomáticos e saudáveis. As diretrizes variam, mas geralmente recomendam o início do rastreamento aos 50 anos para a maioria dos homens, ou aos 45 anos para aqueles com maior risco (negros ou com histórico familiar significativo).
Os métodos de rastreamento incluem:
- Toque Retal: Essencial para o estadiamento local inicial.
Antígeno Prostático Específico (PSA): Embora não específico para câncer, é uma ferramenta valiosa quando usada em conjunto com o toque retal.
Estadiamento
O estadiamento do câncer de próstata é crucial para determinar o tratamento adequado. As classificações T, N e M são utilizadas para descrever a extensão local, linfonodal e metastática do tumor, respectivamente. A escala de Gleason e o sistema ISUP também são empregados para avaliar a agressividade do câncer.
Opções de Tratamento
O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o estágio da doença e a expectativa de vida do paciente.
Tumor Localizado
- Vigilância Ativa: Indicada para pacientes com sobrevida esperada maior que 10 a 15 anos e baixo risco. Envolve monitoramento regular com PSA, ressonância magnética e biópsias.
- Prostatectomia Radical: Pode ser realizada por via aberta, laparoscópica ou robótica. Oferece a vantagem de um melhor estadiamento e zera o PSA, facilitando o seguimento.
- Radioterapia: Geralmente associada a bloqueio hormonal. Adia os riscos cirúrgicos imediatos, mas pode dificultar o seguimento com PSA.
Tumor Metastático
- Castração: Pode ser cirúrgica (orquiectomia) ou farmacológica (agonistas ou antagonistas de GnRH). É o tratamento padrão para doenças metastáticas.
- Quimioterapia: Indicada quando a doença não responde à hormonioterapia.
Seguimento
O seguimento após o tratamento é essencial para detectar recidivas e monitorar a resposta ao tratamento. O PSA é uma ferramenta crítica neste contexto, com níveis elevados indicando possível recidiva bioquímica.
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