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Guia Prático
A litíase renal, comumente conhecida como pedras nos rins, é uma condição prevalente que afeta uma parcela significativa da população mundial. Tendo em vista os novos hábitos de baixa hidratação de muitos brasileiros na atualidade, a perspectiva de crescimento dessa condição pode nos orientar a ter um melhor preparo para uma futura demanda alta de pacientes. Por isso, o Grupo MedCof preparou este resumo, que visa oferecer um guia compreensivo sobre a avaliação e tratamento da litíase renal, abordando os principais tipos de cálculos, suas causas, métodos de diagnóstico e estratégias de tratamento.
Introdução à Litíase Renal
A litíase renal é caracterizada pela formação de cálculos nos rins devido à precipitação de minerais na urina. Os cálculos podem variar em composição, incluindo oxalato de cálcio, ácido úrico, estruvita e cistina. A identificação precoce e o manejo adequado são essenciais para prevenir complicações como infecções urinárias e danos renais permanentes.
Tipos de Cálculos e Fatores de Risco
Os Cálculos de Cálcio representam cerca de 60% dos casos. A hipercalciúria, ou excreção excessiva de cálcio na urina, é um fator comum, frequentemente exacerbado por alta ingestão de sódio e baixa ingestão de água.
Os Cálculos de Ácido Úrico compreendem cerca de 8% dos casos. Fatores de risco incluem dieta rica em proteínas e resistência à insulina, que levam a um pH urinário baixo.
Já os Cálculos de Estruvita são comuns em pacientes com infecções do trato urinário recorrentes, especialmente aquelas causadas por bactérias produtoras de urease como Proteus e Klebsiella. Estes cálculos são mais prevalentes em mulheres e podem requerer intervenção cirúrgica.
Por fim, os Cálculos de Cistina Resultam de um defeito genético raro que causa aumento da excreção de cistina na urina. São recidivantes e podem levar à perda renal se não tratados adequadamente.
Avaliação Metabólica
A análise metabólica é crucial para entender a etiologia dos cálculos e guiar o tratamento. Inclui exames de sangue e urina para avaliar níveis de cálcio, ácido úrico, oxalato, citrato e outros eletrólitos. É particularmente indicada em casos de múltiplos cálculos, história familiar positiva, ou suspeita de doenças genéticas.
Estratégias de Tratamento
Tratamento Geral
Os pontos primordiais para o tratamento incluem:
- Hidratação Adequada: Manter ingestão hídrica suficiente para produzir 2 a 2,5 litros de urina por dia.
- Dieta Balanceada: Reduzir ingestão de sódio e proteínas animais, enquanto mantém níveis adequados de cálcio.
- Atividade Física e Controle de Peso: Contribuem para o equilíbrio metabólico e prevenção de cálculos.
Tratamentos Específicos
Dependendo da condição do paciente, podemos seguir com os seguintes tratamento:
- Cálculos de Cálcio: Uso de tiazídicos para reduzir a excreção de cálcio e citrato de potássio para alcalinizar a urina.
- Cálculos de Ácido Úrico: Alcalinização da urina com citrato de potássio ou bicarbonato de sódio. O alopurinol pode ser usado em casos de hiperuricosúria com cálcio normal.
- Cálculos de Estruvita: Remoção completa dos cálculos é essencial para evitar infecções recorrentes. Antibióticos de longo prazo podem ser necessários para esterilizar a urina.
- Cálculos de Cistina: Limitação de sódio e proteínas animais, além do uso de quelantes como tiopronina para prevenir a formação de cristais de cistina.
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