Em um feito inédito no Brasil, o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade de Campinas (Unicamp) utilizou um coração artificial para salvar a vida de um bebê de 1 ano e 7 meses com insuficiência cardíaca grave. A criança, que desenvolveu miocardite viral após uma virose, precisou de suporte mecânico prolongado até que seu próprio coração recuperasse a função.
O caso: insuficiência cardíaca grave
O bebê sofreu uma inflamação no coração (miocardite viral), levando à falência cardíaca progressiva. Inicialmente, ele recebeu suporte com ECMO-VA (oxigenação por membrana extracorpórea veno-arterial), mas não apresentou melhora significativa dentro do período esperado.
Como alternativa, os médicos decidiram pelo uso de um dispositivo de assistência circulatória de longa duração.
O uso do coração artificial
Foi implantada a bomba centrífuga CentriMag, um dispositivo que age como um coração artificial externo, mantendo a circulação do sangue sem depender do órgão original.
Essa tecnologia permitiu que o coração da criança tivesse tempo para se recuperar sem precisar de um transplante. O suporte exigiu monitoramento contínuo por uma equipe multidisciplinar especializada.
Recuperação e impacto médico
Após mais de um mês com o dispositivo, os médicos identificaram sinais de recuperação da função cardíaca. O bebê conseguiu retomar a circulação sanguínea com o próprio coração, dispensando a necessidade de transplante.
Agora, a criança está em fase final de acompanhamento e deve receber alta com um prognóstico positivo.
O que essa inovação representa?
O sucesso do procedimento mostra que o uso de suporte mecânico prolongado pode ser uma alternativa viável ao transplante em alguns casos.
Além disso, essa abordagem pode abrir caminho para o tratamento de outras crianças com insuficiência cardíaca grave no Brasil.
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