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A política de imunização representa um dos pilares fundamentais da saúde pública, protegendo a população contra uma série de doenças preveníveis. Em 2025, o Brasil adotará mudanças significativas no Calendário Nacional de Vacinação, ajustando as estratégias para melhorar a cobertura vacinal e enfrentar novos desafios epidemiológicos. Entenda as mudanças a seguir!
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Principais mudanças do Calendário Nacional de Vacinação
Vacina contra a Poliomielite
Uma das principais mudanças no calendário é a vacina contra a poliomelite que passará a ter uma única dose de vacina inativada poliomielite (VIP) aos 15 meses de idade, substituindo as duas doses de reforço com a vacina oral poliomielite bivalente (VOPb). A mudança visa aprimorar a cobertura imunológica contra a doença, garantindo maior proteção às crianças.
Vacina contra o Rotavírus
A mudança na vacina contra o Rotavírus foi a ampliação na faixa etária para a administração das duas doses. Agora, a primeira dose da vacina poderá ser aplicada aos dois meses de idade e até os 11 meses e 29 dias. Já a segunda dose poderá ser aplicada a partir dos quatro meses de idade, com um limite de até 23 meses e 29 dias. A ampliação ocorreu para proteger um maior número de crianças contra a infecção maior causadora de gastroenterite grave.
Vacina contra a COVID-19
Inserida no Calendário Nacional de Vacinação em 2024, a vacina contra a COVID-19 continuará fazendo parte em 2025, com a recomendação de imunização para diferentes faixas etárias e grupos especiais. As vacinas Moderna (Spikevax), Pfizer (Comirnaty) e Serum/Zalika estarão disponíveis para a população, sendo que esta última é indicada apenas para pessoas a partir de 12 anos de idade. A vacinação contra a COVID-19 será indicada para:
- Grupos especiais, como pessoas imunocomprometidas, populações em situação de vulnerabilidade (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas em situação de rua), trabalhadores da saúde, pessoas privadas de liberdade;
- Crianças a partir de 6 meses até menores de 5 anos de idade;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Gestantes.
Além disso, a vacina será aplicada de acordo com as seguintes recomendações de doses:
- Crianças (6 meses a menor de 5 anos): 2 doses, com intervalo de 4 semanas entre a D1 e D2.
- Idosos (60 anos ou mais): 3 doses, com intervalo de 4 semanas entre a D1 e D2, e 8 semanas entre a D2 e D3.
- Gestantes: 2 doses anuais, com intervalo de 6 meses entre as doses.
- Pessoas imunocomprometidas (a partir de 6 meses de idade) e população geral (de 5 a 59 anos): 1 dose anual, com intervalo de 6 meses entre as doses.
Vacina contra a Influenza
Anteriormente, a vacina contra a Influenza era indicada apenas para grupos específicos, porém agora faz parte do calendário abrangendo um número maior de pessoas. A partir deste ano, a vacina contra a gripe estará disponível para:
- Grupos especiais, incluindo puérperas, indígenas, quilombolas, trabalhadores de saúde, professores, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, profissionais de segurança pública, caminhoneiros, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens (12 a 21 anos) sob medidas socioeducativas, além da população privada de liberdade.
- Crianças a partir de 6 meses até menores de 6 anos;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Gestantes.
A vacina será administrada uma vez ao ano, com 2 doses anuais para crianças e 1 dose anual para os outros grupos.
Imunização contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
Recentemente, o Ministério da Saúde incorporou duas tecnologias para prevenir complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês.
A primeira tecnologia é o nirsevimabe, um anticorpo monoclonal que oferece proteção imediata a bebês prematuros e crianças com comorbidades até 2 anos. A segunda é uma vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B, administrada em gestantes, que transfere anticorpos para os bebês, protegendo-os nos primeiros meses de vida. As medidas visam reduzir hospitalizações e óbitos infantis, com a expectativa de beneficiar até 2 milhões de bebês.
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