Terapia CAR-T: esperança renovada na luta contra tumores sólidos em crianças

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Nos últimos anos, avanços em imunoterapia revolucionaram o tratamento de cânceres, particularmente no campo de tumores sólidos, que representam cerca de 90% de todos os cânceres. Um caso emblemático é o de uma menina que, há aproximadamente 18 anos, foi tratada com uma infusão de células imunes geneticamente modificadas para combater um raro câncer de células nervosas. Este tratamento, baseado na tecnologia CAR-T, resultou em uma sobrevivência prolongada, destacando-se como um marco na medicina personalizada. Saiba mais!

A revolução da terapia com células CAR-T

A terapia CAR-T envolve a extração de células imunes do paciente e sua subsequente modificação para reconhecer e destruir células cancerígenas antes de serem reinfundidas no corpo. Desde 2017, este tratamento tem sido aprovado pela FDA para alguns tipos de câncer de sangue. No entanto, os tumores sólidos, como o neuroblastoma, tradicionalmente oferecem um desafio maior devido à sua complexidade e resistência. Os tumores sólidos possuem barreiras físicas e químicas que dificultam a penetração das células CAR-T e podem emitir sinais que suprimem a resposta imune, conforme explica a especialista Helen Heslop do Baylor College of Medicine.

Estudos promissores e resultados

Durante um ensaio clínico, 19 crianças com neuroblastoma foram tratadas com células CAR-T entre 2004 e 2009. Embora 12 dessas crianças tenham recaído, as sete restantes mostraram sinais de remissão prolongada. Helen Heslop informa que, desde então, melhorias foram feitas na tecnologia CAR-T para aumentar a eficácia e durabilidade do tratamento. Em um estudo de 2023, realizado pelo Hospital Infantil Bambino Gesù na Itália, alguns pacientes permaneceram livres da doença por até dois anos após o tratamento com CAR-T de última geração.

Desafios e esperanças futuras

Apesar dos resultados positivos, o sucesso da CAR-T em tumores sólidos ainda enfrenta desafios. O imunoterapeuta Carl June ressalta a importância de entender por que certos pacientes respondem positivamente ao tratamento enquanto outros não. A pesquisa futura está focada em modificar as células CAR-T para uma resposta mais duradoura e eficaz, não apenas para neuroblastoma, mas potencialmente para uma gama mais ampla de tumores sólidos.

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