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sexta-feira, 22 novembro
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Síndromes Hipertensivas na Gestação

Doenças Hipertensivas Gestacionais

Quer saber as principais informações sobre as Síndromes Hipertensivas que ocorrem na gestação e aprimorar seu conhecimento sobre o tema? Então leia o conteúdo e tenha acesso ao resumo da nossa aula!

Sobre as Síndromes Hipertensivas na Gestação

As síndromes hipertensivas na gestação são responsáveis por cerca de 15% das mortes maternas diretas. Por isso, são assuntos que costumam cair com frequência nas provas de residência médica. Portanto, dentre os fatores de risco (FR), podemos destacar:

  • gemelaridade;
  • história familiar ou pessoal de síndrome hipertensiva na gestação;
  • idade superior a 35 anos;
  • doença cardiovascular pré-existente;
  • obesidade;
  • hipertensão crônica;
  • diabetes e;
  • doença renal.

Assim, considerados de alto risco os FR em negrito, e na presença de um deles, inicia-se ao redor de 12 semanas e idealmente abaixo de 16 semanas a prevenção medicamentosa. Desse modo, a prescrição de AAS e cálcio diminuem o risco de pré-eclâmpsia em cerca de 60%. Além disso, na presença de 2 ou mais FR moderados e IG ≥ 12 semanas, também temos indicação de iniciar a prevenção. Sendo assim, ela deve se manter por até as 36 semanas.

👀 DE OLHO NA PRESCRIÇÃO 💊

> AAS 100-150mg/dia → no SUS, temos a apresentação de 100mg, podendo ser prescrito 1cp e 1/2 por dia.

> Carbonato de cálcio 1-2g/dia → no SUS, temos a apresentação de 500mg, podendo ser prescrito 1cp a cada 12h.

Diagnóstico

Dessa forma, em casos de síndromes hipertensivas na gestação, consideramos:

  • Hipertensão prévia: à gestação se a paciente já fizer uso de anti-hipertensivos ou apresentar PAS ≥ 140 e/ou PAD ≥ 90mmHg, em 2 aferições, com menos de 20 semanas.
  • Hipertensão gestacional: elevação pressórica na segunda metade da gestação, em paciente previamente normotensa, sem sinais de disfunções em órgãos-alvo.
  • Pré-eclâmpsia: hipertensão arterial, em gestante previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, associada à proteinúria significativa ou na presença de comprometimento sistêmico ou disfunção de  órgãos-alvo.

Além disso, na presença de convulsão tônico-clônica e excluídas outras causas, consideramos que a paciente apresenta eclâmpsia.

Conduta

Os anti-hipertensivos devem ser iniciados nas seguintes situações:

  • PAS ≥ 150 e/ou PAD ≥ 100
  • PAS ≥ 140 e/ou PAD ≥ 90 persistente
  • Sintomas
👀DE OLHO NA PRESCRIÇÃO 💊- podemos optar por

> Metildopa 750-2000mg/dia divididos em 2 a 4 tomadas → No SUS, temos a apresentação de 250mg
> Nifedipino 20-120mg/dia com possibilidade de divisão em até 3 tomadas → No SUS, temos a apresentação de 10 e 20mg
*Caso a PA não seja controlada com essas medicações, deve-se associar um vasodilatador periférico (hidralazina).
Posteriormente, se não controlar, podemos optar por associar um betabloqueador (metoprolol, carvedilol, etc).

Sulfato de Magnésio: quando?

  • Se sinais de deterioração clínica e/ou laboratorial;
  • Iminência de eclâmpsia;
  • Eclâmpsia;
  • HELLP;
  • Hipertensão de difícil controle/pico pressórico;
  • Seu uso não indica parto.

Esquemas de Sulfatação:

  • Esquema de Pritchard (ideal para transferência de paciente) – 4g EV + 10g IM (5g em cada nádega).
  • Esquema de Zuspam – 4g EV + manutenção (1g EV por hora em BIC).

RISCO DE INTOXICAÇÃO

Nesse sentido, deve-se lembrar como avaliar clinicamente a intoxicação por Mg:
– Diminuição do reflexo patelar
– Diurese ≤ 25ml
– FR < 12irpm
* Lembre-se, também, que usa-se o gluconato de cálcio 10% como antídoto nessas situações.

Ficha-Resumo: Síndromes Hipertensivas na Gestação

Confira abaixo a ficha resumo da aula ministrada pela Dra. Alice Maganin, formada em Ginecologia e Obstetrícia pelo HCFMUSP!

CofExpress

O CofExpress é o vídeo resumo que nossos alunos podem utilizar para otimizar o tempo de estudo de acordo com o desempenho dele sobre o assunto! A seguir, você pode conferir o resumo da aula de Síndromes Hipertensivas!

E aí, já se sente mais seguro para acompanhar uma gestante do pré-natal de alto risco? Então não esqueça de anotar as dicas de prescrição e bons estudos!

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco. Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
FIORIO, T. A. et al. Doença hipertensiva específica da gestação: prevalência e fatores Associados. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 6, 2020.
MONTENEGRO, C.A.B. Rezende obstetrícia. 13ª ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017.
ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zubaig obstetrícia. 4ª ed. Barueri (SP): Manole,

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