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Pós-parto: depressão, baby blues e psicose puerperal
O período pós-parto é um período de importantes ajustes emocionais e físicos para as novas mães. Entretanto, embora muitas mulheres experimentem uma variedade de emoções durante esse período, algumas podem enfrentar distúrbios de humor mais graves que requerem atenção médica.
Pensando nisso, neste post vamos te ajudar a diferenciar os transtornos de humor típicos do período puerperal
Blues puerperal
Também conhecido como tristeza puerperal, maternity blues ou baby blues, é uma forma comum e relativamente leve de distúrbio do humor pós-parto.
Embora a causa exata não seja clara, acredita-se que as flutuações hormonais, a privação do sono e o ajuste ao novo papel da maternidade contribuam para o baby blues.
Assim, os sintomas geralmente surgem alguns dias após o parto e podem incluir alterações de humor, choro, irritabilidade, ansiedade e dificuldade para dormir. O baby blues é autolimitado e geralmente desaparece em algumas semanas sem intervenção médica.
Desse modo, cuidados de suporte, incluindo repouso, segurança emocional e ajuda prática, geralmente são suficientes para aliviar os sintomas. Além disso, incentivar as mães a buscar apoio social, descansar adequadamente e manter um estilo de vida saudável pode ser benéfico durante esse período (American Academy of Pediatrics, 2015).
Depressão puerperal
Também chamada de Depressão Pós-parto (DPP), é um transtorno de humor mais grave e duradouro. Os sintomas da DPP geralmente surgem nas primeiras semanas após o parto, mas podem ocorrer até um ano depois.
Os sintomas da DPP podem incluir tristeza persistente, sentimentos de inutilidade, perda de interesse em atividades anteriormente apreciadas, alterações no apetite e nos padrões de sono, fadiga excessiva, dificuldade de se relacionar com o bebê e pensamentos recorrentes de automutilação ou suicídio. A DPP pode afetar significativamente a capacidade da mãe de cuidar de si mesma e de seu bebê, afetando a dinâmica familiar geral.
É importante rastrear as mulheres para DPP durante os exames de rotina pós-parto, pois o diagnóstico e a intervenção precoces são cruciais. As opções de tratamento podem incluir aconselhamento, grupos de apoio, psicoterapia e, em alguns casos, medicação sob a orientação de um profissional de saúde.
Transtorno psicótico puerperal
A psicose pós-parto é uma condição rara, mas grave, caracterizada por um rápido início de sintomas psiquiátricos graves, geralmente nas primeiras duas semanas após o parto.
Dessa forma, as mulheres que sofrem de psicose pós-parto podem apresentar alucinações, delírios, pensamentos confusos, paranóia, hiperatividade e graves alterações de humor.
A psicose pós-parto é considerada uma emergência psiquiátrica, necessitando de atendimento médico imediato. Ademais, indivíduos afetados correm um risco maior de prejudicar a si mesmos ou a seus bebês. Sendo assim, a hospitalização é muitas vezes necessária para garantir a segurança da mãe e do bebê. Por fim, o tratamento pode envolver uma combinação de medicação, terapia e um ambiente de apoio.
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