Colestase em lactentes: saiba como identificar!
A colestase em lactentes é uma condição preocupante que afeta a via biliar e resulta na obstrução ou interrupção do fluxo normal da bile. Sendo assim, neste post vamos tratar especificamente desta condição em neonatos.
Leia a seguir
Colestase: Definição
A colestase em lactentes refere-se à persistência da icterícia além de duas semanas de vida, com aumento dos níveis de bilirrubina direta (> 1 mg/dL). Desse modo, essa condição indica um mau funcionamento do fígado ou das vias biliares, que são responsáveis pelo processamento e eliminação da bile.
Quadro clínico
Os principais sinais e sintomas da colestase em lactentes incluem icterícia prolongada (coloração amarelada da pele e olhos), fezes claras ou acinzentadas, urina escura, prurido (coceira), distensão abdominal e ganho de peso inadequado.
Além disso, os bebês podem apresentar sinais de deficiências nutricionais e serem mais suscetíveis a infecções decorrente da má absorção de vitaminas lipossolúveis.
Ademais, a colestase em lactentes é uma condição potencialmente grave e que em muitos casos, mesmo com o tratamento adequado leva o paciente a desenvolver uma cirrose biliar.
Etiologia
Existem diversas causas possíveis para a colestase em lactentes. Entre as mais comuns estão a atresia de vias biliares, que é uma malformação congênita, e as doenças genéticas, como a síndrome de Alagille e a colestase intra-hepática familiar progressiva.
Entretanto, outras causas incluem infecções, distúrbios metabólicos, hepatite viral, doenças autoimunes e uso de medicamentos hepatotóxicos. Dessa forma, as causas podem ser divididas em extra e intra-hepáticas, como causas extra-hepáticas temos a atresia de vias biliares e cisto de colédoco, as demais causas são intrahepáticas.
Investigação diagnóstica
A investigação da colestase em lactentes deve ser conduzida de forma abrangente para determinar a causa subjacente. Assim, recomenda-se realizar uma série de exames, como dosagem de bilirrubina total, direta e indireta, testes de função hepática, perfil de coagulação, exames sorológicos para infecções virais, ultrassonografia abdominal e pesquisa de marcadores genéticos específicos. Esses exames auxiliam na identificação da causa da colestase e orientam o manejo adequado.
Colestase em lactentes: Quando encaminhar para o especialista?
O encaminhamento para um especialista em gastroenterologia pediátrica ou hepatologia pediátrica é indicado em TODOS casos de colestase em lactentes. Alguns sinais de alerta para encaminhamento incluem:
- Icterícia intensa;
- Hiperbilirrubinemia direta (> 1mg/dL);
- Presença de organomegalias;
- Falha de crescimento;
- Sintomas associados a outras doenças sistêmicas;
- Ausência de melhora após a investigação inicial.
Portanto, o especialista que tem o conhecimento necessário para realizar uma avaliação mais detalhada, realizar exames especializados e elaborar um plano de tratamento individualizado.
A colestase em lactentes é uma condição que requer atenção e investigação adequadas. Por fim, a definição precoce da causa base da colestase é essencial para o manejo adequado e melhores desfechos para o paciente.
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