Preparamos esse post para você revisar os principais pontos da Retocolite Ulcerativa (RCU), assim você poderá gabaritar na prova de residência!
Leia abaixo
Definição de Retocolite Ulcerativa (RCU)
A Retocolite Ulcerativa (RCU) faz parte do grupo de doença inflamatórias intestinais crônicas de etiologia parcialmente conhecida, caracterizada por acometimento contínuo e ascendente do reto e cólon.
Epidemiologia
Comum em países desenvolvidos, a RCU afeta principalmente adultos jovens (Pico: 30-40 anos). Além disso, estudos indicam que a incidência e a prevalência da doença estão aumentando ao redor do mundo. Entretanto, a incidência anual da RCU varia de 0,5 a 31 por 100.000 pessoas, dependendo da região geográfica, com discreta prevalência no sexo masculino.
Etiopatogenia da Retocolite Ulcerativa
Embora a causa exata da RCU seja desconhecida, evidências também apontam para uma interação complexa entre fatores genéticos, ambientais, imunológicos e luminais (barreira intestinal e microbiota).
Ademais, estudos de associação de genoma completo identificaram diversos genes envolvidos na suscetibilidade à RCU, incluindo o gene NOD2/CARD15.
Além disso, houve associação a um maior risco de desenvolvimento da RCU em pessoas submetidas a certos fatores ambientais, como o tabagismo e o uso de contraceptivos orais.
Retocolite Ulcerativa: Apresentação Clínica
Geralmente, a RCU se manifesta com diarreia crônica sanguinolenta (10-15 evacuações líquidas por dia, podendo ter pus nas fezes), cólicas abdominais, tenesmo e urgência para evacuar. Outros sintomas comuns incluem perda de peso, constipação, fadiga e febre baixa.
Exame Físico
Depende da gravidade da atividade inflamatória, podendo ser encontrado taquicardia, febre, hipotensão e distensão abdominal. Além disso, a inspeção da região perianal ocorrer de forma cautelosa para descartar diagnósticos diferenciais.
Complicações da Retocolite Ulcerativa
Há associação da RCU com diversas complicações como:
- colite fulminante,
- megacólon tóxico,
- perfuração intestinal e
- aumento do risco de câncer colorretal (adenocarcinoma), especialmente nos casos de pancolite ou com colangite esclerosante primária associada.
Diagnóstico
A base do diagnóstico são os critérios clínicos, endoscópicos e histopatológicos. A colonoscopia com biópsia é essencial para a confirmação diagnóstica, permitindo a avaliação do grau de extensão e gravidade da doença.
Na investigação inúmeros exames laboratoriais e de imagem podem fazer parte na investigação diagnóstica, portanto, não seremos exaustivos aqui.
Sendo assim, o que as provas de residência costumam abordar são:
- Importância fazer diagnóstico diferencial com colites infecciosas (solicitação de Leucograma e toxinas de clostridium),
- Marcadores com P-ANCA positivo em 65% dos casos em altos títulos, enquanto o ASCA é positivo da doença de Crohn,
- Calprotectina fecal como um importante marcador da atividade da doença.
Entretanto, diferente da Doença de Crohn, na RCU, a doença é limitada à mucosa, não evolui para acometimento transmural ou de fístulas, ou seja, não há presença de fístulas enterocutâneas ou perianais.
Classificação da RCU
A classificação de Montreal é amplamente utilizada para descrever a extensão da RCU. Desse modo, ela divide a doença em subtipos, como RCU distal (confinada ao reto), RCU esquerda (envolvimento do cólon sigmoide) e RCU extensa (afeta o cólon transverso ou mais proximal). A extensão da doença está associada ao risco de complicações e ao manejo terapêutico.
Tratamento da Retocolite Ulcerativa
Por fim, o tratamento da RCU envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui o uso de medicamentos para indução e manutenção da remissão, modificações na dieta, suplementação nutricional e, em alguns casos, cirurgia.
Dessa forma, medicamentos como aminossalicilatos, corticosteroides, imunossupressores e terapias biológicas têm sido utilizados com sucesso no controle dos sintomas e na prevenção de recidivas da doença.
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