Medicamentos psiquiátricos e afastamento do trabalho: o que muda com a nova lei?

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Nos últimos anos, o uso de medicamentos psiquiátricos cresceu significativamente no Brasil. O principal motivo? Um aumento expressivo nos casos de depressão, ansiedade e transtornos relacionados ao estresse, muitos deles agravados pelo ambiente de trabalho.

O impacto da saúde mental no trabalho

De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, os transtornos mentais estão entre as principais causas de afastamento do trabalho no país. A depressão lidera esse ranking, afetando trabalhadores de diversas faixas etárias e setores profissionais.

O uso de antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores de humor tem se tornado cada vez mais comum como parte do tratamento. Em muitos casos, esses medicamentos são essenciais para a recuperação do paciente. No entanto, eles também indicam um sinal de alerta: algo está errado no modo como o trabalho afeta a mente das pessoas.

Nova legislação: empresas devem avaliar riscos psicossociais

A partir de Maio de 2025, uma nova exigência legal promete mudar esse cenário. De acordo com o Ministério do Trabalho, todas as empresas brasileiras serão obrigadas a avaliar os riscos psicossociais aos quais seus trabalhadores estão expostos.

Isso significa que o ambiente de trabalho precisará ser analisado sob uma nova ótica. Entre os fatores a serem considerados estão:

  • Excesso de carga horária;
  • Pressão por produtividade;
  • Falta de reconhecimento;
  • Ambiente hostil ou abusivo;
  • Falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Esses elementos, muitas vezes invisíveis, são gatilhos potentes para o desenvolvimento de doenças mentais.

O que muda na prática?

Com a nova lei, os Programas de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (PGR) terão que incluir fatores psicossociais nas suas análises. As empresas que não se adequarem poderão ser responsabilizadas por não proteger a saúde mental de seus funcionários.

Além disso, a tendência é que haja mais respaldo legal para trabalhadores que precisarem se afastar por questões psiquiátricas, incluindo o uso de medicamentos. Essa mudança pode gerar um aumento no número de laudos médicos, pedidos de auxílio-doença e até mesmo ações judiciais.

A importância do acompanhamento médico

Embora o uso de medicamentos psiquiátricos seja necessário em muitos casos, ele não deve ocorrer de forma isolada. O ideal é que o paciente conte com um acompanhamento multidisciplinar, que envolva:

  • Psiquiatra;
  • Psicólogo;
  • Médico do trabalho;
  • Apoio familiar.

Esse suporte é fundamental para garantir a adesão ao tratamento, a redução de recaídas e a reintegração saudável ao ambiente profissional.

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