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sábado, 11 janeiro
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Anemias Hereditárias: saiba reconhecer os diferentes tipos de anemia hemolítica 

As anemias hemolíticas hereditárias representam um grupo diversificado de distúrbios genéticos que resultam na destruição prematura dos glóbulos vermelhos. Para quem está se preparando para residência em medicina, compreender essas condições é crucial, dado seu impacto significativo na saúde dos pacientes e suas complexas abordagens de tratamento, além da recorrência em provas. Por isso, o Grupo MedCof preparou esse artigo com uma visão abrangente sobre as principais anemias hemolíticas hereditárias, incluindo suas características, diagnósticos e opções de tratamento.

Anemia Falciforme

A anemia falciforme é uma das anemias hemolíticas hereditárias mais comuns no Brasil. Caracteriza-se por uma mutação na hemoglobina, levando à formação de drepanócitos, ou células falciformes, que causam vaso-oclusão e hemólise. As principais complicações incluem crises álgicas, síndrome torácica aguda e acidente vascular cerebral (AVC). O manejo envolve transfusões para manter a hemoglobina S abaixo de 30%, além de antibioticoterapia empírica para prevenir infecções.

Fonte: https://pin.it/1VDIdVe8f

Talassemias

As talassemias são hemoglobinopatias hereditárias quantitativas, causadas por uma produção desequilibrada das cadeias globínicas alfa ou beta. A beta-talassemia maior, por exemplo, resulta em anemia grave e requer transfusões regulares. Já a alfa-talassemia pode variar de assintomática a formas graves, como a hemoglobina H. O diagnóstico é frequentemente feito por eletroforese de hemoglobina, que revela alterações características nos níveis de HbA2 e HbF.

Fonte: https://pin.it/6Md9bi1A3 

Esferocitose Hereditária

Esta condição resulta de defeitos no citoesqueleto da hemácia, tornando-as esferocíticas e mais suscetíveis à hemólise. A maioria dos casos é autossômica dominante. O tratamento pode incluir esplenectomia para reduzir a hemólise, especialmente em pacientes com sintomas graves. Vacinação prévia contra bactérias encapsuladas é essencial antes da cirurgia.

Fonte: https://images.app.goo.gl/cXzJz8EpmAnmy5UcA

Deficiência de G6PD

A deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é a eritroenzimopatia mais comum, particularmente prevalente em populações de ascendência africana. A condição é ligada ao cromossomo X e predispõe as hemácias ao estresse oxidativo. Episódios de hemólise podem ser desencadeados por infecções, certas drogas (como sulfonamidas e antimaláricos) e alimentos como favas. A prevenção é a melhor abordagem, evitando os fatores desencadeantes.

Diagnóstico e Avaliação

O diagnóstico das anemias hemolíticas hereditárias geralmente envolve uma combinação de história clínica detalhada, exames laboratoriais, e testes genéticos. Marcadores de hemólise, como bilirrubina indireta elevada, desidrogenase láctica (DHL) aumentada, e haptoglobina reduzida, são comuns. Testes específicos, como a eletroforese de hemoglobina e o teste de fragilidade osmótica, ajudam a diferenciar entre os tipos de anemia.

Tratamentos Avançados

Além dos tratamentos convencionais, como transfusões e esplenectomia, novas abordagens terapêuticas estão sendo exploradas. A terapia gênica, por exemplo, oferece promessas significativas para condições como a anemia falciforme, visando corrigir a mutação genética subjacente. O transplante de medula óssea é outra opção potencialmente curativa, embora envolva riscos significativos.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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