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quinta-feira, 21 novembro
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Aneurismas: definições, classificação, fatores de risco, diagnóstico e mais

Por quê estudá-lo?

Os aneurismas são, normalmente, assintomáticos, mas resultam em fatalidades se não forem corretamente administrados. Além disso, é uma temática muito presente em provas para Residência em cardiologia e cirurgia. Por isso, vamos revisar um pontos importantes! 

Definição

É uma dilatação de todas as camadas da parede da artéria, atingindo um diâmetro maior que 1,5 vezes o diâmetro esperado normal (normalmente é de 2 cm de diâmetro, por isso ultrapassa 3 cm é denomino aneurismas, entre esse  valores é considerado ectasias). Os aneurismas podem ser degenerativos ou ateroscleróticos (associados ao envelhecimento, por isso são os mais comuns), infecciosos ou micóticos (associados a doenças como tuberculose) e inflamatórios (como os relacionados à doença autoimunes).

Classificação 

Fusiforme

Esse tipo apresenta uma dilatação homogênea, e associa-se, normalmente, com aneurismas de etiologia degenerativa e apresenta padrão relativamente previsível. 

Sacular 

Possuem maior instabilidade (morfologia irregular, o que tendência à rotura), associam-se, normalmente, a etiologias inflamatórias ou micóticas. Por isso, possuem risco associado e, em razão do comportamento imprevisível, são sempre operados. 

Fatores de Risco

Diversos fatores podem aumentar a probabillidade de ocorrencia de um aneurisma, como: Idade Avançada , se do Sexo Masculino, adesão ao Tabagismo (fator mais preponderante), História Pessoal previa em outras partes do corpo, Histórico Familiar, Aterosclerose e Hipertensão arterial sistêmica. 

Curiosidade: apesar de nos dar a impressão que sim, a Diabetes mellitus não é um fator de risco, ainda é considerado por alguns como fator de proteção!

Fisiopatologia 

Para reconhecer um aneurisma, podemos identificar uma série de alterações na parede aórtica (como as mencionadas nas tipologias de aneurisma), perda da complacência durante a sístole, redução dos níveis de colágeno 3 e de elastina e aparente aumento do colágeno 1 (associado a rigidez). A perda da complacência, que é a dilatação da artéria para receber o volume direcionado  depois retornar ao diâmetro original, favorece dilatações progressivas sem retorno ao tamanho original.  

Curiosidade: a localização mais frequente dos aneurismas é na aorta infra-renal (naturalmente há menor quantidade de elastina e colágeno tipo 3 nesta região). 

Diagnóstico e Rastreio 

Como já dissemos, a evolução do aneurisma é assintomática, por isso o Screening é recomendado para prevenção de rotura. O método de rastreio depende do tipo de paciente submetido e a preferência é entre os com mais fatores de risco. Confira abaixo uma tabela ilustrativa com essas informações.:

Grupo Método Característica 
População de risco ultrassonografia abdominal de doppler Principalmente homens com mais de 65 anos e tabagistas. Se não forem achadas alterações, não deve repetir, mas se houver, seguem as buscas. 
Assintomático Exame físico, exame de imagem, USG bem realizadoProcurar massa pulsátil abdominal, fazer ultrassonografia do abdome, da aorta e das ilíacas, localizar o aneurisma….
Sintomático identificar os sintomas, identificar qual a melhor cirurgia a se realizar Dor abdominal, isquemia de membros, acometimento do plexo nervoso visceral…

Curiosidades: Existem exceções para indicar a cirurgia, apesar de ela reduzir as chances de rotura. Além disso, a reconstrução 3D é importante para a conduta, mas não é suficiente para estabelecer indicação cirúrgica (na medida em que oculta dados essenciais na tomada de decisões, como a presença de trombos). 

Tratamento 

Assim como cada tipo de aneurisma tem suas particularidades, os tratamentos para cada um também. Para pacientes assintomáticos, a indicação depende da morfologia e do diâmetro do aneurisma.

  • Sacular: Correção cirúrgica eletiva precoce
  • Fusiforme: Depende do diâmetro conforme o Aortic Index (5,5 cm para homens e 5 cm para mulheres) 

Curiosidade: A rotura é a principal complicação advinda do aneurisma! A taxa de rotura aumenta junto ao diâmetro e se associa intrinsecamente a elevada taxa de natalidade. 

Os critérios para o tratamento seguem principalmente a ordem: 

  1. Crescimento acelerado?

Com taxa de aumento maior que 1 cm por ano ou 0,5 cm por semestre

  1. Há embolização de trombos?

Toda vez que há dilatação do diâmetro, há turbilhonamento e, então, maiores chances de trombos. Se houver embolização de trombo, a vascularização dos vasos compromete-se e a conduta para tomar é cirurgia o mais breve possível. 

  1. Há dor? 

Essa, pode ser causada por crescimento e rápida distensão da parede arterial e por compressão das estruturas adjacentes. A presença dela é considerada iminência de rotura e a conduta a ser tomada e internação e correção cirúrgica com urgência. 

  1. Houve rotura?

Rotura é perda da continuidade da parede da aorta. Geralmente apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica e demonstra altíssima taxa de mortalidade por choque hemorrágico. Devido a esses fatores, esse critério constitui uma indicação de emergência!  

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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