A diabetes, independente da origem e forma de manifestação, é uma condição que merece muita atenção na atualidade, por isso, o Grupo MedCof preparou um guia detalhado sobre o uso de antidiabéticos orais e subcutâneos, destacando diferentes classes de medicamentos, seus mecanismos de ação, efeitos, efeitos adversos e contraindicações. Confira abaixo essas informações importantes para sua prova de residência em endocrinologia!
Conhecimentos básicos
Confira abaixo algumas informações importantes sobre cada tipo de antidiabéticos
1- Metformina
A metformina, pertencente à classe das biguanidas, é frequentemente a droga inicial de escolha no tratamento do pré-diabetes e síndrome dos ovários policísticos (SOP). Seu principal mecanismo de ação é a redução da gliconeogênese hepática, além de melhorar a sensibilidade à insulina em tecidos periféricos. Entre seus benefícios estão a redução de eventos cardiovasculares e o auxílio na perda ponderal. Contudo, a metformina pode causar efeitos gastrointestinais e, raramente, acidose láctica e deficiência de vitamina B12. É contraindicado em casos de insuficiência renal grave.
2- Glitazonas
A pioglitazona é a representante das glitazonas, conhecida por melhorar a sinalização insulínica pós-receptor e reduzir a resistência à insulina. Ela é eficaz na redução da glicemia de jejum e da hemoglobina glicada (HbA1c). No entanto, seu uso pode levar à retenção hídrica, ganho de peso, e possui contraindicações em pacientes com insuficiência cardíaca severa e durante a gravidez.
3- Sulfonilureias
As sulfonilureias, como gliclazida, glimepirida e glibenclamida, atuam aumentando a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas. Embora eficazes na redução da glicemia, apresentam um risco aumentado de hipoglicemia e ganho de peso. São contraindicadas em casos de insuficiência renal grave.
4- Inibidores de DPP-4
Conhecidos como gliptinas, os inibidores de DPP-4, incluindo sitagliptina e saxagliptina, aumentam os níveis de GLP-1, promovendo a secreção de insulina e redução do glucagon. Eles são seguros, com poucos efeitos colaterais e neutros em relação ao peso corporal. Raramente causam hipoglicemia e podem ser usados em qualquer estágio da doença renal crônica.
5- Inibidores de SGLT-2
As glifozinas, como empagliflozina e dapagliflozina, inibem a reabsorção de glicose nos rins, promovendo a excreção de glicose pela urina. Elas demonstram benefícios cardiovasculares e renais significativos. Contudo, podem aumentar o risco de infecções genitais e cetoacidose diabética euglicêmica. São contraindicadas em pacientes com baixa taxa de filtração glomerular.
6- Análogos de GLP-1
Os análogos de GLP-1, como liraglutida e semaglutida, são potentes na redução de peso e melhoram o perfil lipídico. Eles atuam retardando o esvaziamento gástrico e aumentando a secreção de insulina dependente de glicose. Seus efeitos adversos incluem náuseas e aumento da frequência cardíaca. São contraindicados em casos de hipersensibilidade e carcinoma medular de tireoide.
Resumindo
O manejo do diabetes tipo 2 envolve uma abordagem personalizada, considerando a eficácia, efeitos adversos e contraindicações de cada classe de medicamentos. É crucial que os profissionais de saúde avaliem cuidadosamente o perfil de cada paciente para otimizar o tratamento e melhorar os resultados clínicos. Por isso, revise sempre que precisar este guia com uma visão abrangente das opções disponíveis, que inclui a importância de um tratamento bem informado e está destacando as às necessidades individuais.