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Após surto de Botulismo, MS discute consumo de mortadela de frango

O Ministério da Saúde emitiu, no dia 04 de setembro, uma nota técnica informando sobre um surto de botulismo no estado da Bahia, que ocorreu nos municípios de Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Cícero Dantas. O documento visa sensibilizar profissionais de saúde e a população sobre os riscos, sinais e sintomas, e medidas preventivas necessárias para evitar novos casos. Confira!

Dados epidemiológicos no Brasil

O atual surto de Botulismo na Bahia, apresentou 6 casos confirmados, sendo 5 deles em zona rural. As idades dos infectados variam de 17 a 39 anos, com sintomas que apareceram entre 26 de julho e 12 de agosto de 2024.

O surto ocorreu por possíveis falhas na produção e distribuição da mortadela de frango. Desse modo, autoridades locais e a própria Anvisa estão trabalhando, a partir de investigações, para rastrear os lotes contaminados e prevenir novos casos.

O que é Botulismo

O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, rara, não contagiosa, causada pela toxina da bactéria Clostridium botulinum. O agente etiológico entra no organismo por meio de ferimentos ou pela ingestão de alimentos contaminados que não têm produção e/ou conservação adequada. A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.

Os primeiros sinais da doença são neurológicos e podem incluir visão turva, diplopia, dificuldade para engolir e boca seca. Os casos mais graves evoluem para paralisia motora descendente e comprometimento do sistema autonômico.

No Brasil, a maioria dos casos está relacionada ao botulismo alimentar, que ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são:

  • Conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi);
  • Produtos cárneos cozidos curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”);
  • Pescados defumados, salgados e fermentados; 
  • Queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos enlatados industrializados.

O período de incubação pode variar de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas. Desse modo, quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.

Tratamento

O tratamento deve ser realizado em unidade hospitalar que disponha de unidade de terapia intensiva (UTI), tendo em vista que diminuem as chances de óbito.

Basicamente, o tratamento da doença se baseia em dois conjuntos de ações: tratamento de suporte e tratamento específico:

  • Tratamento de suporte: as medidas gerais de suporte e monitorização cardiorrespiratória são as condutas mais importantes no tratamento do botulismo;
  • Tratamento específico: visa eliminar a toxina circulante e a sua fonte de produção, o C. botulinum, pelo uso do soro antibotulínico (SAB) e de antibióticos.

Como prevenir?

Para prevenir o botulismo, é importante seguir cuidados rigorosos no preparo e armazenamento de alimentos. Deve-se atentar e evitar produtos com embalagens danificadas, latas estufadas ou conservas caseiras sem higiene adequada.

Confira a nota técnica na íntegra para mais informações:

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Leila Menzel
Leila Menzel
Estudante do 3° semestre de jornalismo, amo e escrevo poesias e viajo em livros de romances clichês.
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