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Atualizações: vacina para o Vírus Sincicial Respiratório

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Neste post vamos falar sobre o vírus sincicial respiratório, epidemiologia e qual o efeito esperado a partir desta nova abordagem

Resumo

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é uma causa significativa de infecções respiratórias agudas, especialmente em bebês, crianças pequenas, idosos e pessoas com condições médicas subjacentes. Recentemente, a FDA aprovou a vacinação contra o VSR visando a proteção de bebês.

 

Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

Antes de tudo, o VSR é um RNA vírus, não segmentado, envelopado, da família paramyxoviridae, altamente contagioso que afeta predominantemente o sistema respiratório.

Além disso, ele é um dos principais patógenos que causa infecções do trato respiratório inferior em crianças < 2 anos e lactentes, frequentemente resultando em bronquiolite e pneumonia.

O VSR é sazonal, por isso está geralmente relacionado a épocas chuvosas e mais frias, como nos meses de fevereiro a setembro.

Epidemiologia

As infecções por VSR representam uma carga substancial para o sistema de saúde, especialmente em grupos de alto risco.

Estima-se que no mundo o VSR seja responsável por 34 milhões de internamentos e 60 a 200.000 mortes anuais de crianças menores de 5 anos.

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Fatores de risco

Os principais fatores de risco para a hospitalização de crianças devido à infecção pelo VSR são:

      • Idade: bebês prematuros ou com menos de 6 meses de idade são mais propensos a serem hospitalizados, uma vez que seu sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido;

      • Prematuridade: bebês nascidos prematuramente, especialmente aqueles com menos de 32 semanas de gestação, têm maior risco de complicações graves, devido ao sistema imune imaturo, pequeno calibre das vias aéreas, reduzida transferência de anticorpos maternos e baixa reserva energética;

      • Condições de Saúde Pré-existentes: bebês e crianças com condições médicas crônicas, como malformação cardíaca, doença pulmonar crônica da prematuridade, imunodeficiência ou síndrome de Down;

      • Exposição Passiva ao Tabaco: bebês e crianças expostos ao fumo passivo, seja durante a gestação ou após o nascimento;

      • Fatores Socioeconômicos: condições de vida desfavoráveis, como baixo nível socioeconômico, acesso limitado a cuidados de saúde e moradia superlotada;

      • Creche: crianças que frequentam creches ou outros ambientes de grupo têm maior probabilidade de exposição ao VSR e, portanto, de contrair a infecção;

      • Histórico de Infecção por VSR: crianças que tiveram infecção por VSR no passado podem estar em maior risco de hospitalização se forem infectadas novamente;

      • Amamentação: bebês que não são amamentados ou que receberam amamentação limitada podem ter um sistema imunológico menos robusto, o que aumenta o risco de complicações do VSR;

      • Fatores Genéticos: algumas pesquisas sugerem que fatores genéticos podem influenciar a suscetibilidade a infecções graves por VSR e, consequentemente, a hospitalização.

    Nova Imunização contra o VSR

    A vacinação contra o VSR tem o potencial de reduzir significativamente a morbidade e a mortalidade associadas a essa infecção, há pouco tempo tanto a sociedade europeia quanto a FDA aprovaram a vacina para idosos a partir dos 60 anos de idade, a vacina reduziu em 82,6% o risco de pessoas com 60 anos ou mais desenvolverem doença do trato respiratório inferior por VSR e, em 94,1%, o risco de desenvolver doença grave.

    A nova atualização refere-se aos resultados promissores da aplicação da vacina em gestante a partir das 32 semanas. O estudo publicado na “The New England Journal of Medicine”, evidenciou que a transferência de anticorpos maternos para o feto promoveu uma redução de casos graves da doença numa taxa maior que 80% nos primeiros 90 dias de vida do bebê e uma redução de aproximadamente 70% dos casos graves até 180 dias de vida (cerca de 6 meses).

    Perspectivas

    Como citado anteriormente, a infecção pelo VSR está relacionada a uma altíssima morbimortalidade em bebês, especialmente aqueles que possuem fatores de risco de gravidade do quadro.

    Por fim, os novos estudos que demonstram esse nível de prevenção trazem esperança para a prevenção de infecções graves, especialmente em grupos de alto risco.

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