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segunda-feira, 20 maio
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Bronquiolite Viral Aguda (BVA)

diagnóstico e tratamento da bronquiolite viral aguda BVA

O que sabemos sobre o tratamento da Bronquiolite Viral Aguda (BVA)? Talvez esse seja um diagnóstico não tão difícil, mas super angustiante de dar para um responsável que trás o seu filho ao pronto-socorro!

Saiba mais

Definição

 

Doença viral das vias aéreas inferiores, geralmente causada pelo Vírus Sincicial Respiratório, autolimitada que acomete crianças de até 2 anos de idade.

Também é definida, como primeiro episódio de sibilância em menores de 12 meses.

Diagnóstico

Dessa forma, o diagnóstico da Bronquiolite Viral Aguda (BVA) é eminentemente clínico!

Geralmente o quadro clínico envolve um quadro inicial de sintomas catarrais (coriza e congestão) que evolui com uma tosse persistente, com ou sem a presença de taquidispneia.

🩺 LEMBRE-SE: Na pediatria a taquipneia é definida como:

< 2 meses : > 60 irpm
2 a 12 meses: > 50 irpm
1 a 5 anos: > 40 irpm

Desse modo, o exame físico, além da taquipneia, pode ser evidenciado sinais de desconforto respiratório, como tiragens e batimento de asa nasal. Assim, na ausculta pode-se perceber sibilância e tempo expiratório prolongado, com ou sem estertores associados.

 

Além disso, a sibilância na BVA não ocorre por broncoconstricção, mas devido a formações de plugs intraluminais devido à inflamação, provocando uma obstrução luminal variável, o que explica o curso clínico dinâmico da BVA (melhoras e pioras ao longo do mesmo dia) – Essa informação é importante pois guia o tratamento!!!

 

Exames Complementares não devem ser pedidos de rotina!!! Portanto, devem ser considerados apenas em caso de dúvida diagnóstica.

Tratamento

Pensando nisso, talvez esse seja o ponto mais polêmico da BVA, pois o tratamento é suporte!! Sim, o paciente pode ficar bastante grave, podendo cursar com insuficiência respiratória aguda e o tratamento continua sendo suporte!

O que fazer na BVA?

 

  1. Avaliar necessidade de internamento Desconforto respiratório moderado ou grave; Apneia; Hipoxemia; Lactentes jovens; Incapacidade familiar de ter os cuidados necessários; Não tolera alimentação e/ou água; Queda do estado geral;
  2. Mínimo manuseio da criança! Manusear a criança sem necessidade pode piorar o quadro de agitação e da taquidispneia da criança.
  3. Manutenção de hidratação, preferencialmente via oral!
  4. Desobstrução nasal se congestão. Lavagem nasal com soro fisiológico.
  5. Oxigenoterapia se necessário! Indicação: Saturação de O2 < 90%
  6. Identificação precoce de complicações;
  7. Questionar sobre a indicação do Palivizumabe. O Palivizumabe é um anticorpo monoclonal contra o VSR, que diminui o risco de desenvolvimento de doença grave

Indicação do Ministério da Saúde Indicação da Sociedade Brasileira de Pediatria

– IG < 29 semanas (até 1 ano);

– Doença pulmonar crônica ou cardiopatia congênita com repercussão (até 2 anos).

– IG < 29 semanas (até 1 ano);
– Doença pulmonar crônica ou
cardiopatia congênita com
repercussão (até 2 anos).
– IG < 32 semanas (até 6
meses)

O que NÃO fazer na BVA?
 

Pode ser que, tão importante quanto saber o que você deve fazer, é o que você não deve fazer nos casos de BVA.

  • Beta-2-agonista;
  • Nebulização com adrenalina;
  • Corticoterapia;
  • Antibióticos e antivirais;
  • Antitussígenos e expectorantes;
  • Fisioterapia respiratória.

Tabela BVA

Fonte: SBP, 2017.

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