A infecção por HPV é causa necessária para o desenvolvimento de câncer de colo uterino
Infecções persistentes por HPV podem levar a transformações intraepiteliais progressivas que evoluem para lesões intraepiteliais precursoras de câncer. Entretanto, a progressão dessas lesões para câncer de colo uterino é lenta.
Rastreamento do câncer de colo uterino
Em primeiro lugar, no Brasil é preconizada a realização do rastreio através do exame citopatológico em todas as mulheres entre 25 e 64 anos.
COLCOCITOLOGIA
Também chamado de exame citopatológico, preventivo ou citologia, o exame visa identificar lesões precursoras ou sugestivas. O período ideal para iniciar a realização desse exame é a partir dos 25 anos, se vida sexual ativa. Caso contrário, a indicação é iniciar o rastreio após o início da vida sexual, visto que o HPV é uma IST. A regularidade da realização desse exame segue o seguinte esquema: anual durante os 2 primeiros anos e quando apresentar 2 exames negativos consecutivos, inicia-se o rastreio trienal.
A interrupção do rastreio é uma indicação para todas as pacientes com ≥ 64 anos, sem história prévia de doença neoplásica pré invasiva e com 2 exames negativos nos últimos 5 anos.
Além disso, pacientes que passaram por histerectomia total por razões benignas ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, devem interromper o rastreio desde que apresentem exame anterior normal.
Recomendações de conduta de acordo com o resultado do exame segundo a Febrasgo:
COLPOSCOPIA
Nesse exame, conseguimos visualizar o colo uterino pelo colposcópio, após a aplicação de ácido acético 5% e lugol. O ácido acético coagula proteínas citoplasmáticas do epitélio alterado, ou seja, quanto mais proteínas alteradas mais esbranquiçada fica a lesão, permitindo identificar a área acometida, extensão, orientar o local da biópsia, e planejar o tratamento.
O teste de Schiller consiste na embrocação do colo uterino com solução lugol, buscando identificar áreas do epitélio escamoso sem glicogênio. Isso ocorre pois o lugol cora o glicogênio das células. Portanto, células normais do colo (ricas em glicogênio) ficam marrons enquanto que células alteradas ficam amareladas por conter pouco glicogênio.
TESTE POSITIVO | IODO NEGATIVO | TECIDO DOENTE | FICA AMARELO |
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TESTE NEGATIVO | IODO POSITIVO | TECIDO SAUDÁVEL | FICA MARROM |
QUANDO REALIZAR BIÓPSIA?
Na presença de:
- Alterações colposcópicas maiores, como epitélio acetobranco denso, mosaico grosseiro, pontilhado grosseiro, iodo negativo, vasos atípicos.
- Achados sugestivos de câncer invasor, como superfície irregular, erosão ou ulceração, epitélio acetobranco denso, pontilhado e mosaico amplos e irregulares, vasos atípicos.
EXAME HISTOPATOLÓGICO
Considerado padrão-ouro, pois define a conduta terapêutica. O material pode ser obtido por biópsia incisional dirigida, em cone, curetagem endocervical ou biópsia excisional por cirurgia de alta frequência.
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