20 C
São Paulo
quinta-feira, 09 janeiro
InícioOncologiaCâncer de Próstata: a importância do exame diagnóstico 

Câncer de Próstata: a importância do exame diagnóstico 

O câncer de próstata é uma das neoplasias mais comuns entre os homens, com uma incidência significativa no Brasil. Compreender o manejo e tratamento desta condição é crucial para qualquer Médico e profissional da Saúde. Por isso, preparamos uma revisão  abrangente, abordando desde a epidemiologia até o tratamento e seguimento do câncer de próstata.

Epidemiologia do Câncer de Próstata

O câncer de próstata é o tipo de câncer mais incidente em homens no Brasil, com 65.840 novos casos registrados em 2020, segundo dados do INCA. É uma neoplasia de evolução lenta, e estima-se que cerca de 1 em cada 8 homens será diagnosticado com a doença em algum momento da vida. A mortalidade, embora significativa, é a segunda mais alta entre os cânceres em homens, destacando a importância do diagnóstico precoce e manejo adequado.

Fatores de Risco

Vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento do câncer de próstata:

  • História Familiar: Homens com mais de dois parentes de primeiro grau afetados apresentam um risco relativo aumentado.
  • Etnia: É mais comum em homens negros.
  • Idade: O risco aumenta significativamente com a idade.
  • Mutações Genéticas: Alterações no gene BRCA2 estão presentes em até 5% dos casos.
Fonte: https://pin.it/4cpsmMvh8 

Rastreamento e Diagnóstico

O rastreamento é uma ferramenta importante para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, especialmente em pacientes assintomáticos e saudáveis. As diretrizes variam, mas geralmente recomendam o início do rastreamento aos 50 anos para a maioria dos homens, ou aos 45 anos para aqueles com maior risco (negros ou com histórico familiar significativo).

Os métodos de rastreamento incluem:

  • Toque Retal: Essencial para o estadiamento local inicial.
Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Antígeno Prostático Específico (PSA): Embora não específico para câncer, é uma ferramenta valiosa quando usada em conjunto com o toque retal.

Estadiamento

O estadiamento do câncer de próstata é crucial para determinar o tratamento adequado. As classificações T, N e M são utilizadas para descrever a extensão local, linfonodal e metastática do tumor, respectivamente. A escala de Gleason e o sistema ISUP também são empregados para avaliar a agressividade do câncer.

Classificação do estadiamento pela escala de Gleason. Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Opções de Tratamento

O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o estágio da doença e a expectativa de vida do paciente.

Tumor Localizado

  • Vigilância Ativa: Indicada para pacientes com sobrevida esperada maior que 10 a 15 anos e baixo risco. Envolve monitoramento regular com PSA, ressonância magnética e biópsias.
  • Prostatectomia Radical: Pode ser realizada por via aberta, laparoscópica ou robótica. Oferece a vantagem de um melhor estadiamento e zera o PSA, facilitando o seguimento.
  • Radioterapia: Geralmente associada a bloqueio hormonal. Adia os riscos cirúrgicos imediatos, mas pode dificultar o seguimento com PSA.

Tumor Metastático

  • Castração: Pode ser cirúrgica (orquiectomia) ou farmacológica (agonistas ou antagonistas de GnRH). É o tratamento padrão para doenças metastáticas.
  • Quimioterapia: Indicada quando a doença não responde à hormonioterapia.

Seguimento

O seguimento após o tratamento é essencial para detectar recidivas e monitorar a resposta ao tratamento. O PSA é uma ferramenta crítica neste contexto, com níveis elevados indicando possível recidiva bioquímica.

Seja um MedCoffer

Para conquistar a aprovação nas provas de residência, seja um MedCoffer! Aqui te ajudaremos na busca da aprovação com conteúdos de qualidade e uma metodologia que já aprovou mais de 10 mil residentes no país!

Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
POSTS RELACIONADOS