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quinta-feira, 23 janeiro
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Cirurgia de hérnia inguinal: entenda qual melhor técnica para cada paciente! 

A cirurgia de hérnia inguinal é uma das operações mais comuns realizadas em todo o mundo. Com várias técnicas disponíveis, a escolha do procedimento ideal depende de múltiplos fatores, incluindo a condição do paciente, a experiência do cirurgião e os recursos disponíveis. Este artigo explora as principais técnicas cirúrgicas para a correção de hérnia inguinal, destacando as vantagens e desvantagens de cada abordagem, com base no conteúdo de um manual especializado.

O que é a Hérnia Inguinal?

A hérnia inguinal ocorre quando o conteúdo abdominal protrude através de uma fraqueza na parede abdominal na região inguinal. Os sintomas podem incluir dor, desconforto e uma protuberância visível. O tratamento cirúrgico é a única opção definitiva para corrigir essa condição.

Técnicas Cirúrgicas

Cirurgia com Tecido

Historicamente, as técnicas de reparo de hérnia inguinal sem o uso de próteses foram predominantes. Entre elas, destacam-se:

  • Shouldice: Considerada a melhor técnica para casos selecionados, especialmente em cirurgias contaminadas ou infectadas. Envolve suturas por camadas e tem uma taxa de recidiva aceitável.
  • Bassini: Uma técnica tradicional que sutura o tecido ao ligamento inguinal. Embora eficaz, apresenta altas taxas de recidiva devido à tensão na linha de sutura.
  • McVay: Utilizada para hérnias femorais, requer uma incisão relaxante e sutura no trato iliopúbico e no ligamento de Cooper.

Essas técnicas têm sido amplamente substituídas por métodos que utilizam próteses devido às suas altas taxas de recidiva.

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Cirurgia com Prótese

A utilização de telas sintéticas revolucionou o tratamento das hérnias inguinais, reduzindo significativamente as taxas de recidiva.

  • Lichtenstein: Considerado o padrão-ouro, esta técnica aberta é rápida, fácil de reproduzir e tem um baixo índice de complicações. Realizada com anestesia local ou raquianestesia, envolve a colocação de uma tela sem tensão.
  • Stoppa: Utilizada para hérnias inguinais bilaterais e recidivas grandes, essa técnica é mais complexa e envolve o uso de uma tela pré-peritoneal bilateral.
  • TAPP (Transabdominal Pré-Peritoneal) e TEP (Totally Extraperitoneal): Ambas são técnicas videolaparoscópicas que colocam a tela no espaço pré-peritoneal. A TAPP é mais utilizada devido à sua simplicidade em comparação com a TEP, que, embora mais difícil, oferece benefícios adicionais.
Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Considerações na Escolha da Técnica

A escolha da técnica cirúrgica depende de vários fatores, como a Via de Acesso (a Lichtenstein é uma abordagem anterior e aberta, enquanto a TAPP e a TEP são abordagens posteriores e videolaparoscópicas), a necessidade de Anestesia (a Lichtenstein pode ser realizada com anestesia local, enquanto as técnicas videolaparoscópicas geralmente requerem anestesia geral.

Contudo, os principais pontos para a escolha que devem ser 

  • Nível de Dificuldade: Técnicas como a TEP têm uma curva de aprendizado mais acentuada.
Conhecimento técnico sobre a anatomia posterior. Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.
  • Complicações e Recidiva: Todas as técnicas mencionadas apresentam taxas de recidiva inferiores a 1%.
  • Especificidade de Material e Equipe: As técnicas videolaparoscópicas exigem equipamentos específicos e uma equipe treinada.

Pós-Operatório

O manejo pós-operatório é crucial para o sucesso da cirurgia de hérnia inguinal. Recomenda-se o retorno às atividades conforme a dor do paciente, evitando exercícios pesados por cerca de 60 dias. A infiltração anestésica da ferida é recomendada, enquanto o uso de drenos não é rotineiramente necessário.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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