Complicações pós-operatórias
As complicações pós-operatórias representam um desafio significativo na prática cirúrgica, impactando negativamente a recuperação dos pacientes e aumentando o tempo de internação e os custos hospitalares. Por isso, trouxemos para vocês as principais complicações pós-operatórias, com foco em estratégias de identificação, prevenção e manejo, conteúdo valioso para sua prova de residência e sua prática médica!
O sucesso de uma cirurgia não depende apenas da técnica operatória, mas também de um manejo eficaz no período pós-operatório. As complicações podem variar de leves a potencialmente fatais, exigindo vigilância contínua e intervenção precoce. Vamos listar as principais complicações pós-operatórias presentes em nossa rotina cirúrgica:
Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC)
As ISCs são uma das complicações mais frequentes e podem ser classificadas em superficiais, profundas e de órgão/cavidade. Fatores de risco incluem obesidade, diabetes, tabagismo e técnica cirúrgica inadequada.
A prevenção envolve a profilaxia antibiótica adequada, controle glicêmico, e técnica asséptica rigorosa. Quando nos deparamos com pacientes nessa condição, podemos incluir a drenagem de abscessos, o debridamento cirúrgico e a antibioticoterapia direcionada aos nossos métodos de cuidado.
Deiscência de Ferida
A deiscência é a abertura parcial ou total dos planos da ferida operatória, podendo resultar em evisceração.
A prevenção inclui o uso de técnicas de sutura adequadas e suporte nutricional para promover a cicatrização. Caso haja a presença da deiscência, prosseguimos com reabordagem cirúrgica em casos de deiscência total e suporte com curativos em deiscências parciais.
Complicações Pulmonares
Complicações como atelectasia e pneumonia são comuns, especialmente em pacientes idosos e fumantes.
Quando falamos em prevenção, devemos focar no incentivo à mobilização precoce, fisioterapia respiratória, e controle da dor para facilitar a respiração profunda. Já o manejo dos pacientes com complicações Pulmonares inclui suporte ventilatório e antibioticoterapia, quando indicado.
Trombose Venosa Profunda (TVP) e Embolia Pulmonar (EP)
A imobilidade no pós-operatório aumenta o risco de TVP e EP.
A prevenção dessa condição inclui o uso de meias de compressão, anticoagulação profilática, e mobilização precoce. Para o correto manejo desses pacientes, é indicada a anticoagulação terapêutica e, em casos graves, trombólise ou embolectomia.
Íleo Pós-Operatório
O íleo é a paralisia temporária do intestino, comum após manipulação abdominal.
No que tange a prevenção, as técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, analgesia multimodal, e mobilização precoce são as melhores medidas aplicáveis. Já o manejo inclui suporte com fluidos intravenosos, correção de distúrbios eletrolíticos, e, em casos prolongados, investigação para causas subjacentes.
Identificação Precoce e Monitoramento
A identificação precoce de complicações é crucial para um manejo eficaz. Isso envolve:
- Monitoramento Clínico: Avaliação diária dos sinais vitais, exame físico completo e monitoramento de parâmetros laboratoriais.
- Educação do Paciente e da Equipe: Ensinar sinais de alerta para complicações e manter uma comunicação aberta entre a equipe de saúde.
Além disso, uma abordagem interdisciplinar é essencial para o manejo das complicações pós-operatórias, com cirurgiões que avaliam e intervêm cirurgicamente quando necessário, enfermeiros que monitoram continuamente e cuidem feridas, fisioterapeutas que promovam a mobilidade e o suporte respiratório, entre outros.
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