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quinta-feira, 23 janeiro
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Cirurgia Geral: complicações perigosas que o paciente pode desenvolver

Complicações pós-operatórias  

As complicações pós-operatórias representam um desafio significativo na prática cirúrgica, impactando negativamente a recuperação dos pacientes e aumentando o tempo de internação e os custos hospitalares. Por isso, trouxemos para vocês  as principais complicações pós-operatórias, com foco em estratégias de identificação, prevenção e manejo, conteúdo valioso para sua prova de residência e sua prática médica!

O sucesso de uma cirurgia não depende apenas da técnica operatória, mas também de um manejo eficaz no período pós-operatório. As complicações podem variar de leves a potencialmente fatais, exigindo vigilância contínua e intervenção precoce. Vamos listar as principais complicações pós-operatórias presentes em nossa rotina cirúrgica:

Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC)

As ISCs são uma das complicações mais frequentes e podem ser classificadas em superficiais, profundas e de órgão/cavidade. Fatores de risco incluem obesidade, diabetes, tabagismo e técnica cirúrgica inadequada.

Fonte:DOI:10.5281/zenodo.10428543 

A prevenção envolve a profilaxia antibiótica adequada, controle glicêmico, e técnica asséptica rigorosa. Quando nos deparamos com pacientes nessa condição, podemos incluir a drenagem de abscessos, o debridamento cirúrgico e a antibioticoterapia direcionada aos nossos métodos de cuidado.

Deiscência de Ferida

A deiscência é a abertura parcial ou total dos planos da ferida operatória, podendo resultar em evisceração.

Fonte: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2020047203769 

A prevenção inclui o uso de técnicas de sutura adequadas e suporte nutricional para promover a cicatrização. Caso haja a presença da deiscência, prosseguimos com reabordagem cirúrgica em casos de deiscência total e suporte com curativos em deiscências parciais.

Complicações Pulmonares

Complicações como atelectasia e pneumonia são comuns, especialmente em pacientes idosos e fumantes.

Atelectasia Bilateral. Fonte: https://radiopaedia.org/articles/lung-atelectasis

Quando falamos em prevenção, devemos focar no incentivo à mobilização precoce, fisioterapia respiratória, e controle da dor para facilitar a respiração profunda. Já o manejo dos pacientes com complicações Pulmonares inclui suporte ventilatório e antibioticoterapia, quando indicado.

 Trombose Venosa Profunda (TVP) e Embolia Pulmonar (EP)

A imobilidade no pós-operatório aumenta o risco de TVP e EP.

Fonte: https://www.google.com/imgres?imgurl=x-raw-image%3A%2F%2F%2Fe1fb4f4ac874cf58d397d2edc5431eead82dad89e18615863fa8d13c03969048&tbnid=WM90yEpP–GcqM&vet=1&imgrefurl=https%3A%2F%2Fcms.amp.org.br%2Farquivos%2Fartigosrevistasarquivos%2Fartigo-1463-revista-medica-do-parana-75-edicao-02-2017_1689363219.pdf&docid=4dB9Dc3dlkzGTM&w=452&h=391&hl=pt-BR&source=sh%2Fx%2Fim%2Fm5%2F4&kgs=8396ff5c3d80f0b6

A prevenção dessa condição  inclui o uso de meias de compressão, anticoagulação profilática, e mobilização precoce. Para o correto manejo desses pacientes, é indicada a  anticoagulação terapêutica e, em casos graves, trombólise ou embolectomia.

Íleo Pós-Operatório

O íleo é a paralisia temporária do intestino, comum após manipulação abdominal.

Fonte: https://drpixel.fcm.unicamp.br/es/node/89 

No que tange a prevenção, as técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, analgesia multimodal, e mobilização precoce são as melhores medidas aplicáveis. Já o manejo inclui suporte com fluidos intravenosos, correção de distúrbios eletrolíticos, e, em casos prolongados, investigação para causas subjacentes.

Identificação Precoce e Monitoramento

A identificação precoce de complicações é crucial para um manejo eficaz. Isso envolve:

  • Monitoramento Clínico: Avaliação diária dos sinais vitais, exame físico completo e monitoramento de parâmetros laboratoriais.
  • Educação do Paciente e da Equipe: Ensinar sinais de alerta para complicações e manter uma comunicação aberta entre a equipe de saúde.

Além disso, uma abordagem interdisciplinar é essencial para o manejo das complicações pós-operatórias, com cirurgiões que avaliam e intervêm cirurgicamente quando necessário, enfermeiros que monitoram continuamente e cuidem feridas, fisioterapeutas que promovam a mobilidade e o suporte respiratório, entre outros.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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