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quinta-feira, 12 dezembro
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Confira o mecanismo da Cicatrização Patológica 

A cicatrização patológica caracteriza-se como uma manifestação que ocorre a partir do momento em que alguns eventos iniciais (fase inflamatória, fibroproliferativa ou de maturação ou de maturação) não se desenvolveram de modo adequado. Por isso, identificamos o início de um processo de desorganização, coordenação e desequilíbrio entre as fases  de cicatrização.  Diversos fatores podem interferir no mecanismo cicatricial, o que gera diferentes tipos de cicatrizes patológicas e orientamos sobre o tratamento correto a ser aplicado a cada uma. 

Tipos de cicatrização patológica 

O primeiro ponto importante a ser abordado é as fases da cicatrização patológica, que, como já dito, fica desequilibrada, principalmente em sua fase proliferativa e de maturação. Como resultado, temos um tecido com apenas 80% da força original e esperada para uma cicatrização saudável. 

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Um fato importante a ser apontado é a alteração marcante na fase de maturação quando falamos de cicatrização hipertrófica e queloide. Nessas, ocorre um aumento da deposição de colágeno, que deveria estar em platô.

Cicatrização hipertrófica

Nesse caso, vemos uma cicatriz que não ultrapassa os limites da ferida e que pode apresentar como sintomas associados prurido e dor. Essa cicatriz tende a ser autolimitada e com regressão espontânea, além de demonstrar um baixo risco de recorrência.  As áreas com maior risco são aquelas com maior tensão associada: pescoço, esterno, mamas, superfícies flexoras e extremidades.

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

As áreas com menor tensão, chamadas de linhas de Langer, estão localizadas de modo perpendicular à contração muscular, por isso representam menos risco as cicatrizes patológicas hipertróficas. 

Queloide

Essa cicatriz cresce para além dos limites da ferida, finalizando em um aspecto tumoral. Ela tem uma predisposição genética associada (principalmente negros e asiaticos), pois é um distúrbio autossômico dominante em 16% dos pacientes. Diferente da hipertrófica, essa não apresenta regressão espontânea e têm elevado risco de recorrência.  Podemos encontrar uma maior prevalência em jovens nas partes da cabeça, pescoço, orelha, ombros e tórax.  Em idosos observamos uma maior prevalência na região palpebral, das mãos e do escroto. 

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Feridas crônicas 

São feridas que não cicatrizam mesmo após 4 semanas ou feridas que não reduzem de 20 a 40% de sua área após 2-4 semanas. Desse modo, a cicatrização mantém-se na fase inflamatória, sem progressão adequada para as fases seguintes. As principais etiologias relacionadas  são úlceras venosas, diabéticas e de pressão. O tratamento desse tipo de cicatrização patológica requer controle das comorbidades,  nutrição adequada, higiene adequada e desestímulo a traumas e tensão por peso. 

Tratamento

O tratamento pode se dividir em medidas que previnam a piora da condição, como evitar novos traumas, manter o paciente estável para recuperação e curativos associados, e as terapias de reversão,  como as cirúrgicas.  

Curativos 

Há diferentes tipos para as diferentes necessidades: filme, que é permeável, para vapor e impermeável a líquidos aderentes; hidrocoloides, que absorvem líquidos, promove autólise e é pouco aderente; hidrogel, não aderente e sugestivo para ambiente aquoso; alginato e espuma, que são altamente abortivos e úteis para feridas exsudativas; entre outros. 

Terapia por pressão negativa

É um curativo a vácuo, temporário (retirada ou troca de 3 a 5 dias) e com objetivo de otimizar o leito da ferida. Ele é realizado através de fatores mecânicos (transdução), promovendo a liberação de sinais químicos.

Fonte: https://www.scielo.br/j/rcbc/a/W6qy4BFN9DkdTRsGy6jrfkk/?lang=pt 

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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