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terça-feira, 07 maio
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Conheça as indicações de colecistectomia e não erre mais!

Você conhece as indicações para a colecistectomia nos diferentes quadros clínicos? Leia esse post e esteja capacitado para gabaritar as questões!

Sumário

Um dos grandes temas das provas de cirurgia é abdome agudo, e muitas vezes a colelitíase é abordada de diferentes formas. 

Pacientes sintomáticos

É mandatória a indicação de colecistectomia em pacientes sintomáticos, seja em casos de colecistite aguda, geralmente com abordagem imediata, seja em casos de colelitíase sintomática, com surtos de cólicas biliares, geralmente abordada de forma eletiva.

Pacientes Assintomáticos

A maioria dos pacientes assintomáticos com colelitíase não necessitam de abordagem cirúrgica, mas existem algumas situações especiais em que a cirurgia está indicada.

Quando indicar cirurgia?

  • Risco de neoplasia;
    • Drenagem ductal pancreática anômala (na qual o ducto pancreático drena para o ducto biliar comum);
    • Adenomas da vesícula biliar;
    • Pólipos associados a litíase;
    • Vesícula biliar de porcelana;
    • Cálculos biliares ≥ 3 cm;
  • Distúrbios hemolíticos: pacientes com anemia falciforme ou esferocitose hereditária, na vigência de litíase biliar;
  • Durante cirurgia abdominal: em alguns casos, durante uma cirurgia abdominal por outra indicação, poderia se “aproveitar” a situação para evitar complicações no seguimento da paciente, especialmente em pacientes com obesidade e história de neoplasia.

💡 Algo a mais! Dê uma olhada nas incisões da abordagem videolaparoscópica da colecistectomia.

Fonte: Carvalho et al, 2007. Disponível em: https://www.sobracil.org.br/revista/rv050501/artigo01.htm. Acessado em 16 de julho de 2023.

Indicações relativas

Há uma enorme discussão da indicação da colecistectomia profilática em pacientes com diabetes mellitus, devido ao risco maior de desenvolvimento de colecistite gangrenosa grave, entretanto na maioria das evidências, apoiam a conduta expectante.

Outra situação semelhante é em pacientes que submeteram a cirurgia de bypass gástrico, e por isso apresentam aumento de incidência de litise biliar, entretanto, também a maioria das guidelines apoiam uma conduta conservadora.

A presença de microcálculos (< 5 mm) também é uma indicação relativa devido ao risco de migração e obstrução do colédoco, podendo inclusive levar à pancreatite aguda. A decisão de realizar a colecistectomia deve levar em conta a preferência do paciente. Alguns pacientes podem optar por uma abordagem conservadora com mudanças na dieta e controle dos sintomas, enquanto outros podem preferir a cirurgia para aliviar os sintomas e prevenir possíveis complicações futuras.

📝 Como é cobrado na prova? SUS – SP (2023) Uma paciente de 45 anos de idade, assintomática, com índice de massa corpórea (IMC) igual a 34, sem comorbidades, compareceu ao consultório após ter sido diagnosticada, por meio de ultrassom de rotina, com colelitíase tendo o ultrassom evidenciado a presença de microcálculos (menores que 0,5 cm). Nesse caso clínico hipotético,

A) A colecistectomia está indicada devido ao risco de pancreatite aguda.
B) A indicação cirúrgica é relativa, pois o risco de complicações é menor que o risco da operação
C) Recomenda-se não operar e iniciar dieta pobre em colesterol e ácidos graxos, poisos cálculos são constituídos na maioria dos casos, por colesterol puro, além de traços de ácidos graxos e fosfolipídios.
D) Indica-se a colecistectomia após a realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, para excluir a presença de microcoledocolitíase.
E) A colecistectomia está indicada, devido ao alto risco de desenvolvimento de colecistite aguda e câncer de vesícula.

 

Gabarito: Letra A, apesar de concordarmos mais com a letra B, por ser uma indicação relativa a banca adotou a letra A como gabarito oficial.

Essas são algumas das principais indicações de colecistectomia com base em evidências científicas atualizadas. É importante destacar que cada caso deve ser avaliado individualmente, e a decisão de realizar a colecistectomia deve ser feita em conjunto com o paciente, considerando seus sintomas, condições clínicas, riscos e benefícios do procedimento.

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