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quinta-feira, 21 novembro
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Curiosidades Sobre o Transplante Cardíaco

O transplante cardíaco é o tratamento de escolha para pacientes com insuficiência cardíaca avançada refratária ao tratamento clínico otimizado. A miocardiopatia dilatada é a causa mais comum, seguida da doença cardíaca isquêmica e da doença de Chagas. 

Histórico

Em 3 de dezembro de 1967, o cirurgião sul-africano Christian Barnard obteve o primeiro transplante cardíaco com sucesso. No ano seguinte, Euryclides de Jesus Zerbini foi responsável pelo primeiro transplante na américa latina, no Brasil. Nosso país não foi o pioneiro em transplantes por pouco, já que na primeira vez foi barrado pelo Conselho do Hospital das Clínicas da USP, na segunda não havia doadores. 

Quando não realizar?

As principais indicações nós já sabemos (como choque cardiogênico, consumo de O2 menor que 10 ml/Kg/min e taquicardia ventricular refratária), mas as contra-indicações também são importantes de sabermos!

  • Maiores que 60 anos;
  • Hipertensão pulmonar;
  • Embolia ou infarto pulmonar não resolvidos;
  • Infecção aguda ou crônica;
  • Doenças sistêmicas (Lúpus e SIDA) e associadas (neoplasias e DM);
  • Doenças renais ou hepáticas; 
  • Condições psicossociais desfavoráveis.

E os pacientes?

A maioria dos pacientes são externos ao serviço hospitalar. Existem 2 tipos de pacientes: priorizados e não priorizados. Os priorizados esperam em média 2 meses para o TC, enquanto os não priorizados esperam em média 2 anos!

O perfil dos pacientes vai do nível 1 ao 7, em uma decrescente de urgência para intervenção com DAV. A estruturação de priorização é nomeada INTERMACS e foi baseada na segmentação do critério IV da NYHA. 

Somente o coração artificial serve para assistência circulatória?

Não! Podemos citar como outras técnicas favoráveis:  

  • Ecmo (recebe o sangue do paciente, que passa por um oxigenador e volta ao corpo do paciente, aumentando o débito e oxigenando o sangue);
  • BIA (é um balão preenchido com hélio, posicionado depois da subclávia esquerda, para melhorar a perfusão da coronária);
  • Impella (propulsor de sangue, caro e pouco disponível no país). 

Quanto tempo o coração fica sem bater?

Quando falamos de uma cirurgia ortotópica (coração no local habitual) e em condições favoráveis, o ideal é um período de 4 horas sem bater, mas esse tempo pode aumentar em casos de cirurgias heterotópicas (coração fora do local habitual) e condições complicadas. Em períodos maiores que 6 horas o número de complicações é alto!

E depois da cirurgia?

Fonte: reportagem de BBC news

Você sabia que a cicatriz fica proeminente, pois o material utilizado no fio cirúrgico é titânio (restabelecimento da resistência óssea do esterno)?

O esperado é que os pacientes tenham algum tipo de rejeição nos 2 primeiros anos (rejeição hiperaguda, aguda celular e por métodos não-invasivos).
No pós-operatório devemos nos atentar para as infecções, sendo a pulmonar a mais comum!   

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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