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terça-feira, 26 novembro
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Descubra como identificar a Feocromocitoma na Clínica Médica

Contextualizando 

Um feocromocitoma é um tumor raro que se desenvolve nas glândulas adrenais ou em outros tecidos do sistema nervoso simpático. Essas glândulas produzem hormônios que ajudam a regular a pressão arterial, frequência cardíaca e outras funções corporais. Quando um feocromocitoma se desenvolve, ele pode produzir grandes quantidades desses hormônios, causando uma série de sintomas.

Quadro Clínico 

A maioria dos pacientes apresentam crises paroxísticas (com sintomas de sudorese, palpitação e cefaleia – a tríade clássica – que melhoram em repouso e são causadas em esforços mínimos). Devido a isso, é primordial fazer diagnóstico diferencial com a síndrome do pânico! Além disso, podemos citar os efeitos sobre a pressão arterial, (pelo excesso de catecolaminas), que causa hipertensão dos tipos sustentadas, paroxística ou normotensa (apenas 10 – 20%).  As complicações envolvidas com a HAS representa depleção volêmica e desidratação (uma vez que há inibição da ADH, causando aumento da diurese), hipotensão ortostática, DM e intolerância a glicose (efeito contrarregulador da adrenalina).

Etiologia

Associado ao aparecimento esporádico em 80% dos casos, mas também à família e a síndromes genéticas (como Síndrome de Von Hippel-Lindau e Paraganglioma familiar SDHB). 

Diagnóstico 

Identificado o quadro clínico típico, partimos para a investigação de diferenciação diagnóstica 

  1. Tem histórico familiar de feocromocitoma ou carcinoma medular de tireoide? 
  2. HAS em jovens, de difícil controle ou desencadeada por trabalho de parto e indução anestésica? 
  3. Tem incidentaloma adrenal?

Confirmado alguns desses, analisamos os hormônios pelo padrão-ouro: metanefrinas séricas (tem sensibilidade de aproximadamente 99%, porém é caro e geralmente só disponível nos centros de referência). O exame mais comum é o de metanefrinas urinárias em urina 24h. 

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

O próximo passo é a investigação radiológica, principalmente por tomografia para localizar o feocromocitoma e afastar as malignidades. As características da lesão são a aparência unilateral (>3 cm), bem delimitada e oval ou heterogênea (áreas císticas e calcificações).

Fonte: (Vilar et al. Endocrinologia Clínica. Guanabara Koogan. 7 ed. 2021).

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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