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quarta-feira, 04 dezembro
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Dicas para residência em Cirurgia: Quais são as indicações Cirúrgicas para Doença Coronariana

Contextualizando 

A doença coronariana é uma das doenças cardiovasculares mais prevalentes no mundo com potencial de mortalidade. Ela está relacionada com desfecho composto de AVC não fatal, infarto não fatal e morte por causa cardiovascular. 

Avaliação anatômica e funcional 

Podemos utilizar PET-CT/cintilografia para avaliar a localização do território isquêmico nas falhas de captação e a estratificação do risco (por isquemia significativa,  caso afirmativo, usamos um exame mais invasivo ➡ cateterismo coronariano). 

Além disso,  podemos recorrer a TC coronária para pacientes em diagnóstico de doença coronariana e que apresentam dor torácica típica ou atípica ou que se considere poder representar um equivalente isquêmico. Ela é usada na avaliação de pacientes pós-cirurgia de revascularização do miocárdio ou ICP com presença de sintomas para avaliação da patência dos enxertos ou stents. 

O padrão-ouro para o diagnóstico e para guiar as intervenções é o cateterismo coronariano. Por meio dele, avaliamos os pacientes com a doença coronariana e a persistência de sintomas de dor torácica apesar do tratamento clínico (incluindo o surgimento de sintomas de insuficiência cardíaca e disfunção ventricular).

Diagnóstico diferencial 

Similar à disfunção ventricular, a doença coronariana pode ser diferenciada por ECO (fração de ejeção < 50%, com sintomas de insuficiência cardíaca ou não) e, então, cateterismo. 

Indicações Cirúrgicas 

Objetivos a serem seguidos

A intervenção cirúrgica deve sempre ser focada em melhorar os sintomas, prevenir danos eventuais e melhorar a condição de sobrevida, por isso a importância dos exames diagnósticos da condição atual do paciente. 

Condições do paciente

A intervenção cirúrgica é primordial nos casos de: 

  • Lesão de tronco da coronária esquerda >  50%
  • Lesão proximal da artéria descendente anterior > 50%
  • 2 ou 3 casos com estenose > 50% associada a disfunção ventricular (<35%) e com área de isquemia extensa (>10%) 
  • Artéria coronária derradeira com estenose > 50%
  • Estenose coronária significativa na presença de angina limitante ou equivalente ansioso refratário ao tratamento clínico. 

Doenças associadas 

  • Doença coronariana multiarterial (SYNTAX > 33 ou presença de Diabetes Mellitus)
  • Doença coronariana associada a disfunção ventricular (FE < 35%)
  • Cirurgia cardíaca por causas diversas ( como cirurgia valvar com presença de doença coronariana).

Mas qual a diferença entre a cirurgia e a ICP (intervenção coronariana percutânea)?

A cirurgia restaura o fluxo distalmente às lesões proximais e protege contra eventos isquêmicos futuros. Já a ICP trata o segmento coronariano onde o stent é implantado, ocasionando uma maior taxa de infarto e necessidade de reintervenção.

Fonte: Acervo de Aulas do Grupo MedCof.

Falando diretamente da angioplastia, lembramos que ela trata o segmento com lesão obstrutiva, mas não as lesões que limitam o fluxo. Por isso a indicação da intervenção cirúrgica na prevenção da colaterização (eventos isquêmicos futuros).  

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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