Disfagia: como esse distúrbio afeta a digestão do paciente

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Os distúrbios do esôfago representam um conjunto de condições que afetam a deglutição e a qualidade de vida dos pacientes. Este artigo explora as principais condições esofágicas, com base no conteúdo do documento fornecido, destacando diagnóstico, tratamento e considerações clínicas relevantes para residentes em medicina.

Introdução

O esôfago é um órgão tubular que conecta a faringe ao estômago, desempenhando um papel crucial no transporte de alimentos. Distúrbios esofágicos podem ser classificados como motores ou estruturais, cada qual com manifestações clínicas e abordagens terapêuticas específicas.

Disfagia

A disfagia, ou dificuldade para engolir, é um sintoma comum em distúrbios esofágicos. Pode ser causada por obstrução mecânica ou disfunção motora. A avaliação inicial deve incluir uma anamnese detalhada e exame físico, seguido por exames diagnósticos como endoscopia e estudos de motilidade esofágica. As alterações podem ser motoras por orofaríngeas (esclerose sistêmica) ou acalasias. Na primeira, observamos divertículos faringo esofágicos, compressão extrínseca e neoplasia de cabeça e pescoço, já na segunda podemos ver esofagite eosinofílica, estenose de esôfago e neoplasia de esôfago. 

Divertículo de Zenker

O divertículo de Zenker é um divertículo de pulsão que ocorre na região hipofaríngea, mais comum em idosos. Caracteriza-se por disfagia, regurgitação e halitose.

Diagnóstico: A esofagografia com contraste é o principal exame diagnóstico.

Tratamento: A miotomia do músculo cricofaríngeo, com ou sem ressecção do divertículo, é a abordagem cirúrgica padrão.

Disfagia Lusória

A disfagia lusória é causada pela compressão extrínseca do esôfago por uma artéria subclávia direita aberrante. Os sintomas incluem disfagia intermitente e, ocasionalmente, dor torácica.

A Disfagia Lusória é causada por uma compressão extrínseca pulsátil no esôfago proximal, dada pela artéria subclávia anômala. Fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/ 

O diagnóstico é feito por angiotomografia ou ressonância magnética, que são úteis para visualizar a anomalia vascular. Por fim, o tratamento deverá seguir, em casos sintomáticos severos, a cirurgia para reposicionar a artéria.

Anéis e Membranas Esofágicas

Os anéis de Schatzki e as membranas esofágicas são causas comuns de disfagia intermitente. O anel de Schatzki é geralmente associado à estenose péptica e ocorre no esôfago distal.

Fonte: Radiopaedia.com 

O diagnóstico envolve a endoscopia ou esofagografia, que podem confirmar a presença de anéis ou membranas, e o tratamento condiz com a dilatação endoscópica, frequentemente eficaz.

Esofagite Eosinofílica

A esofagite eosinofílica é uma doença inflamatória caracterizada por infiltração eosinofílica do esôfago, levando a disfagia e impactação alimentar.

Fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/ 

Nesse caso, o diagnóstico é feito por endoscopia com biópsia, que revela mais de 15 eosinófilos por campo de grande aumento. Quando confirmado o diagnostico, o tratamento deve incluir corticosteroides tópicos, como budesonida, e dieta de eliminação.

Neoplasias Esofágicas

As neoplasias do esôfago, incluindo carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma, apresentam-se frequentemente com disfagia progressiva e perda de peso.

Fístula esofágica de origem tumoral. Fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/ 

Quando falamos no diagnóstico de neoplasia esofágica, nos direcionamos a endoscopia com biópsia, essencial para o diagnóstico histológico. O tratamento depende do estágio da doença e pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

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