Disfunção Erétil e os riscos da automedicação e superdosagem

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De acordo com pesquisas da Sociedade Brasileira de Urologia, a Disfunção Erétil, ou impotência sexual, acomete cerca de metade dos homens acima de 40 anos. Recentemente, podemos notar a popularização do uso de remédios, como inibidores da fosfodiesterase, conhecido como Tadalafila. Entenda em nosso post!

O que é a disfunção erétil

Define-se a disfunção erétil como a incapacidade de iniciar ou manter uma ereção para realizar uma relação sexual. É importante ressaltar que, ocasionalmente, todos os homens podem ter problemas de ereção, e algumas ocorrências podem ser consideradas normais. A disfunção erétil ocorre quando um homem:

  • Nunca atinge uma ereção;
  • Atinge ereção brevemente e de maneira repetida, mas não longa o suficiente para ter relação sexual;
  • Atinge ereção eficaz de forma inconsistente.

Existem dois tipos de disfunção erétil: a primária, que caracteriza-se quando o homem nunca conseguiu ter ou manter uma ereção, e a secundária, que ocorre em um homem mais velho que anteriormente conseguia ter ereções. Por isso, as causas podem ser diversas, como físicas e psicológicas. Existem especialistas que alegam que uma das principais causas seria mesmo emocional, sendo a ansiedade e o medo de falhar os principais fatores que bloqueiam o mecanismo da ereção.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco são:

  • Quanto maior a idade, maior a propensão de desenvolver disfunção erétil;
  • Problemas emocionais como ansiedade, depressão, estresse, problemas de relacionamento ou medo de falhar ou decepcionar o parceiro;
  • O abuso de álcool pode gerar um grande bloqueio, ocasionando a não sustentação de uma ereção;
  • O uso de anabolizantes em altas dosagens ou longos períodos interfere na produção natural de testosterona;
  • Problemas hormonais também podem ser um empecilho na ereção, como a diabetes que altera o funcionamento de artérias e nervos. Níveis baixos de testosterona (hipogonadismo), hiperprolactinemia e distúrbios da tireoide também podem interferir negativamente, e devem ser tratados.

Tratamento 

É indispensável manter o acompanhamento médico para investigar, diagnosticar e discutir sobre as melhores opções existentes. Entretanto, o principal tratamento para essa doença são os inibidores da fosfodiesterase 5 (ou PDE5), como o Viagra que é o pioneiro no tratamento contra disfunção erétil, porém, também existem outros medicamentos como a Tadalafila e a Vardenafila.

Os riscos da automedicação e superdosagem

Atualmente, tem se falado bastante na Tadalafila, um dos principais medicamentos contra a disfunção erétil, cuja ação se dá pela dilatação dos vasos periféricos, especificamente, as artérias do genital masculino, assim amplificando e prolongando a duração da ereção. 

Entretanto, a substância tem sido usada como pré-treino de frequentadores de academia de musculação. A teoria por trás desse uso envolve um relaxamento do endotélio, a camada que reveste a parede interna das artérias, o que permite a chegada de mais sangue aos músculos, otimizando assim o funcionamento dos mesmos.

Além da busca da Tadalafila como pré-treino, muitos usuários também têm usado de forma irregular para melhora de desempenho sexual.

Um levantamento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a pedido da BBC News, revelou que foram vendidas 21,4 milhões de caixas de tadalafila no país em 2020. Já no primeiro trimestre de 2024, o número subiu para 31,1 milhões de caixas. 

Agora, os especialistas alertam sobre os riscos da superdosagem e a automedicação, tendo em vista que muitos usuários utilizam o fármaco sem a prescrição de um médico. Ultrapassar as doses recomendadas pode acarretar em efeitos colaterais graves e perigosos, como: 

  • Dor de cabeça severa: um dos sintomas mais frequentes, podendo ser um indicativo de pressão arterial elevada;
  • Tonturas e sensação de desmaio: a redução abrupta da pressão arterial, provocada pela superdosagem;
  • Náuseas e distúrbios estomacais: desconforto gastrointestinal, incluindo náuseas e vômitos;
  • Alterações na visão: dificuldades visuais, como visão turva ou alterações na percepção de cores podem surgir e são sinais de alerta importantes;
  • Priapismo: uma condição potencialmente danosa, caracterizada por uma ereção prolongada e dolorosa, que pode durar mais de 4 horas.

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