Conceitos gerais
A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica que afeta cerca de 1% da população mundial, com predomínio em mulheres. Caracteriza-se por inflamação articular que pode levar à destruição progressiva das articulações, deformidades e comprometimento funcional. Este artigo explora os aspectos diagnósticos e terapêuticos da AR, com base nas informações contidas no documento fornecido.
Etiologia e Fatores de Risco
A AR é uma condição multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e hormonais. Um fator genético é a presença dos alelos HLA-DR4 e HLA-DRB1, que está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de AR. Quando falamos dos fatores ambientais, podemos citar o tabagismo, a exposição à sílica e as alterações no microbioma são fatores de risco conhecidos. Por fim, os fatores hormonais envolvem a melhora durante a gestação e piora no pós-parto.
Fisiopatologia
A inflamação crônica na AR é mediada pela membrana sinovial, que prolifera formando o pannus. Este tecido invade e destrói a cartilagem e o osso subjacente, levando a erosões articulares.
A inflamação sistêmica também pode causar manifestações extra-articulares, como nódulos subcutâneos, vasculite e comprometimento pulmonar.
Diagnóstico
O diagnóstico de AR é baseado em critérios clínicos, laboratoriais e de imagem:
- Clínica: Poliartrite simétrica, principalmente de pequenas articulações das mãos e pés, com rigidez matinal prolongada.
- Laboratório: Presença de fator reumatoide (FR) e anticorpos anti-CCP, que são mais específicos para AR.
- Imagem: Radiografias podem mostrar erosões marginais e osteopenia periarticular. A ultrassonografia e a ressonância magnética são úteis para detectar inflamação precoce.
Exames Complementares
Além dos exames laboratoriais e de imagem, a avaliação da atividade da doença é feita por meio de índices como o DAS28, que considera o número de articulações edemaciadas e dolorosas, reagentes de fase aguda (PCR e VHS), e a avaliação global do paciente.
Tratamento
O tratamento da AR visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir danos articulares. As abordagens incluem:
Controle Sintomático
Os AINEs são usados para alívio da dor e inflamação e os corticosteroides podem ser usados em baixas doses para controle rápido da inflamação.
Drogas Modificadoras do Curso da Doença (DMARDs)
O Metotrexato é considerado a droga âncora no tratamento da AR e é frequentemente combinado com ácido fólico para reduzir efeitos colaterais. Ainda assim, a Leflunomida, a Sulfassalazina e a Hidroxicloroquina são outras opções de DMARDs sintéticos.
Terapias Biológicas
Anti-TNF, como infliximabe e adalimumabe, são usados quando há falha ou resposta inadequada aos DMARDs sintéticos. Contudo, é importante realizar rastreio para tuberculose antes do início do tratamento. Outros Biológicos usados incluem abatacepte, rituximabe e inibidores de IL-6.
Inibidores de JAK
Um dos inibidores de JAK, alerta da FDA para riscos cardiovasculares e trombose é o Tofacitinibe.
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