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quinta-feira, 23 janeiro
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Dores articulares: diagnóstico de artrite reumatoide na clínica médica 

Conceitos gerais 

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica que afeta cerca de 1% da população mundial, com predomínio em mulheres. Caracteriza-se por inflamação articular que pode levar à destruição progressiva das articulações, deformidades e comprometimento funcional. Este artigo explora os aspectos diagnósticos e terapêuticos da AR, com base nas informações contidas no documento fornecido.

Etiologia e Fatores de Risco

A AR é uma condição multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e hormonais. Um fator genético é a presença dos alelos HLA-DR4 e HLA-DRB1, que está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de AR. Quando falamos dos fatores ambientais, podemos citar o tabagismo, a exposição à sílica e as alterações no microbioma são fatores de risco conhecidos. Por fim, os fatores hormonais envolvem a melhora durante a gestação e piora no pós-parto.

Fisiopatologia

A inflamação crônica na AR é mediada pela membrana sinovial, que prolifera formando o pannus. Este tecido invade e destrói a cartilagem e o osso subjacente, levando a erosões articulares. 

Fonte: https://pin.it/5ICnefAbm 

A inflamação sistêmica também pode causar manifestações extra-articulares, como nódulos subcutâneos, vasculite e comprometimento pulmonar.

Diagnóstico

O diagnóstico de AR é baseado em critérios clínicos, laboratoriais e de imagem:

  • Clínica: Poliartrite simétrica, principalmente de pequenas articulações das mãos e pés, com rigidez matinal prolongada.
  • Laboratório: Presença de fator reumatoide (FR) e anticorpos anti-CCP, que são mais específicos para AR.
  • Imagem: Radiografias podem mostrar erosões marginais e osteopenia periarticular. A ultrassonografia e a ressonância magnética são úteis para detectar inflamação precoce.
Fonte: https://radiopaedia.org/articles/rheumatoid-arthritis

Exames Complementares

Além dos exames laboratoriais e de imagem, a avaliação da atividade da doença é feita por meio de índices como o DAS28, que considera o número de articulações edemaciadas e dolorosas, reagentes de fase aguda (PCR e VHS), e a avaliação global do paciente.

Tratamento

O tratamento da AR visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir danos articulares. As abordagens incluem:

Controle Sintomático

Os AINEs são usados para alívio da dor e inflamação e os corticosteroides podem ser usados em baixas doses para controle rápido da inflamação.

Drogas Modificadoras do Curso da Doença (DMARDs)

O Metotrexato é considerado a droga âncora no tratamento da AR e é frequentemente combinado com ácido fólico para reduzir efeitos colaterais. Ainda assim, a Leflunomida, a Sulfassalazina e a Hidroxicloroquina são outras opções de DMARDs sintéticos.

Terapias Biológicas

Anti-TNF, como infliximabe e adalimumabe, são usados quando há falha ou resposta inadequada aos DMARDs sintéticos. Contudo, é importante realizar rastreio para tuberculose antes do início do tratamento. Outros Biológicos usados incluem abatacepte, rituximabe e inibidores de IL-6.

Inibidores de JAK

Um dos inibidores de JAK, alerta da FDA para riscos cardiovasculares e trombose é o Tofacitinibe.

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Kiara Adelino
Kiara Adelino
Estudante do 2º semestre de Medicina. Adoro qualquer atividade que envolva mexer o corpo e aprender coisas novas.
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