
Por que estudar?
A sedoanalgesia é uma ferramenta essencial na prática médica, contribuindo para a segurança e o bem-estar dos pacientes. Ela deve ser administrada por profissionais de saúde qualificados e em um ambiente adequado. A aplicação correta dela é fundamental para o conforto do paciente durante os procedimentos operatórios, facilitação de exames e cirurgias, recuperação mais rápida e bem estar fisiológico geral do paciente. Por esses motivos, aprender detalhes e características básicas da analgesia e da sedação é de extrema importância.
Analgesia
Analgesia é o alívio da dor. Através de medicamentos ou outros métodos, ela busca reduzir ou eliminar a sensação dolorosa, melhorando a qualidade de vida do paciente. Sabemos que a dor é uma experiência desagradável que afeta várias áreas da vida do paciente, podendo levar a sérias complicações, como limitações motoras e/ou depressão.
Tipos de analgesia
Não farmacológica
Os métodos não farmacológicos focam em promover um bem estar modulando o ambiente as interações sociais do paciente. Para isso, podemos:
- Reduzir ruídos e luminosidade;
- Promover o correto ciclo sono-vigília;
- Boa comunicação com o paciente e a família;
- Presença dos familiares que gerem confiança e conforto;
- Técnicas de videoterapia e musicoterapia.Farmacológica
A eficiência das técnicas pode ser avaliada por meio de escalas autorreferidas (o paciente, quando em possibilidade de comunicação, avalia sua condição de dor em números, comparações, intensidade, etc) ou pelo profissional de saúde (a escala mais usada é a FLAC, avaliando as expressões faciais do paciente).
Farmacológica
A conduta de tratamento da dor deve ser administrada conforme o escalonamento da dor:
- Dor fraca: analgésico simples, adjuvante (AINES, gabapentina, antidepressivos);
- Dor moderada: opioides fracos (tramadol e codeína);
- Dor forte: morfina e fentanil.
Alguns analgésicos simples e bastantes usados são a dipirona (antitérmico e analgésico), o paracetamol (ação mais central e depende do metabolismo hepático), AAS (anti-inflamatório e anti agregante plaquetário) e outros AINEs (como cetoprofeno e ibuprofeno).

Sedação
Feita por profissionais preparados e com um acompanhamento contínuo, a sedação é feita em casos de dor muito intensa e/ou procedimentos médicos difíceis. Para ela ser administrada, acompanhamos as condições orgânicas do paciente e os sedativos disponíveis para o profissional.
Escalas de sedação
Comfort B
A escala mais utilizada atualmente, visa avaliar o paciente a partir de critérios comportamentais (quando sem sinais vitais): nível de consciência, calma/agitação, resposta respiratória, movimento físico, choro, tônus muscular e tensão facial.
Escala de RASS
Avaliação numérica, essa tem um intervalo de sedação mais fixo: ideal entre -2 a +1
+4 | Combativo |
+3 | Muito agitado |
+2 | Agitado |
+1 | Inquieto |
0 | Alerta e calmo |
-1 | Torporoso |
-2 | Sedação leve |
-3 | Sedado moderado |
-4 | Sedado profundo |
-5 | Coma |
Monitoração
Os meios indiretos de avaliar a sedação são a eletro encefalopatia ou a polissonografia. Mais diretamente, usamos as escalas acima citadas.
Conceitos-chave
A tolerância está relacionada à necessidade de doses progressivamente mais altas a fim de atingir o mesmo efeito terapêutico.
A abstinência é o conjunto de sinais e sintomas após a redução ou interrupção abrupta da infusão de sedoanalgesia.
O rodízio da sedação determina o tempo máximo de uso de certo medicamento sedativo para reduzir a tolerância e abstinência, substituindo-o por outro com mesma função.
Drogas sedativas
As principais drogas para sedação usadas são:
- Dexmedetomidina: Droga do tipo Alfa-2 agonista, tem poder sedativo, analgésico e ansiolítico. Ela pode causar tolerância, por isso cabe citar como droga equivalente a clonidina. Além disso, não existe antídoto para esse fármaco.
- Cetamina: Medicamento do tipo anti-NMDA, é sedativo e analgésico. Os possíveis efeitos colaterais são dissociação/alucinação, laringoespasmo, elevação da produção de secreções e da pressão intraocular. Para essa droga, não encontramos equivalentes ou antídotos, fator que amplia o nível de abstinência dela.
- Propofol: Esse é um agonista do GABA, com início de ação rápida e meia-vida curta. Ela possui veículo lipídico, por isso a importância de monitoração de toxicidade com dosagem de triglicerídeos e função renal. Para ela, não encontramos equivalentes ou antídotos.
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