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Escala de Depressão Geriátrica

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Você conhece a Escala de Depressão Geriátrica? Se ainda tem dúvidas sobre o assunto, então leia este post e saiba as nuances da depressão em idosos.

Leia a seguir

Escala de Depressão Geriátrica

A depressão é o transtorno psiquiátrico mais comum no idoso, tendo como prevalência mundial algo em torno de 6-18% e 7% no Brasil, e erroneamente é considerada ocorrência natural do envelhecimento.

 

Sendo assim, nesse post você vai entender como identificar a depressão no idoso.

Fatores de risco

A depressão no idoso é por vezes um quadro subsindrômico, portanto devemos ficar atento aos fatores de risco tanto no momento do diagnóstico, como também para agirmos na prevenção desse estado.

 

  • Etilismo
  • Escolaridade : desemprego, condições economicosociais, qualidade de moradia e de seguridade.
  • Funcionalidade:
    • Atividades básicas e/ou intrumentais comprometidas
    • Imobilidade
  • Sociais:
    • Institucionalização
    • Isolamento, viuvez
    • Classe social
    • Insuficiência familiar
  • Clínicos:
    • Doenças crônicas;
    • AVC
      • Pacientes acima de 60 anos tem alterações semelhantes devido a causas orgânicas ou vasculares
    • Comprometimento cognitivo


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Depressão Geriátrica: Quadro Clínico

Preste atenção, pois cerca de 11% dos pacientes negam sintomas psicológicos. Desse modo, é importante direcionar as perguntas e avaliar os outros sinais e sintomas que podem estar presentes.

Pródromos

  • Ansiedade → associado a > 50% dos casos
  • Alterações de sono:
    • 25% dos homens tem e > 40% das mulheres;
    • Fator de risco para início e manutenção da depressão;
    • Insônia residual (idoso só dorme com remédio) é frequente e indica recaída;

Quadro Clínico Geral

Além dos sintomas típicos de tristeza, choro fácil e avolia, esses sintomas estão presentes em apenas 20% dos casos. Nos idosos, os sintomas depressivos geralmente são inespecíficos e com queixas somáticas presentes, como cefaléia, alteração na memória, dores generalizada, fraqueza, epigastralgia, contipação, zumbido e entre outros, que não são explicados por outra condição clínica.

💡 Fique ligado! Devido a queixas inespecíficas adicionados a doenças crônicas nessa população, os idosos levam cerca de 1 ano para serem diagnosticados com depressão.

Diagnóstico

Dessa forma, aqui abaixo você pode encontrar os critérios de Transtorno Depressivo Maior pelo DSM-V. Entretanto, como apontamos anteriormente a população idosa nem sempre preenche todos os critérios necessários para o diagnóstico, nesse ínterim, foi desenvolvida a a Escala de Depressão Geriátrica, para o diagnóstico preciso.

Pelo menos 5 sintomas, presentes por pelo menos 2 semanas na maioria dos dias
Um dos sintomas obrigatoriamente deve ser: – Humor depressivo ou – Marcada diminuição do interesse ou prazer na maioria das atividades, ou em todas elas.
Outros sintomas: – Desânimo acentuado, ou anedonia. – Redução ou aumento do apetite, com ganho ou perda de peso em 1 mês; – Alterações do sono: hipersonia ou insônia; – Pessimismo associado a sentimentos de culpa e/ou inutilidade; – Baixa autoestima; – Agitação psicomotora ou retardo; – Ideação suicida e pensamentos constantes sobre a morte; – Prejuízo da concentração com dificuldades para pensar.
Sintomas que causam impacto significativo nas diversas esferas, tais como social ou ocupacional.
Sintomas que não são decorrentes do uso de alguma substância/medicamento ou outra enfermidade
Sintomas que não são explicados por desordem esquizoafetiva ou psicótica, além de naõa haver episódio hipomaníaco ou maníaco

Fonte: APA, 2014.

Escala de Depressão Geriátrica

Fonte: Almeida e Almeida (1999)
  • 6 a 10 indica depressão leve
  • 11 a 15 depressão severa

 Depressão Geriátrica: Tratamento

  • Uma pontuação entre 0 e 5 se considera normal

Ademais, temos a máxima de “Start low and go slow (and keep going)” na geriatria, desse modo é necessário avaliar os contextos que envolvem esse idoso, e na maioria dos casos, eles vão se beneficiar do tratamento farmacológico.

Como prescrever?

  • Inicie com doses abaixo da dose alvo e escalonar até remissão→ respeite a tolerabilidade do paciente e nível de toxicidade;
  • Aguarde no mínimo 8 semanas antes de de aumentar as doses terapêuticas;
  • Converse sobre os possiveis efeitos adversos para evitar interrupção do tratamento;
  • Os ISRS são a Primeira Escolha para o tratamento da depressão em idosos (isolada): Damos preferência ao Escitalopram ou Sertralina, devido a menos risco de interação farmacológica e efeitos adversos;
  • Por fim, cheque as possíveis interações com as medicações que o paciente já faz uso: https://reference.medscape.com/drug-interactionchecker

Agora que você já sabe dos principais highlights sobre a depressão no idoso, não deixe essa condição sem tratar, e sempre faça o “rastreio” nessa população, estando em alerta para os fatores de risco relacionados com a condição.

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Júlia Moreira
Júlia Moreirahttps://www.grupomedcof.com.br/
Estudante do 6º semestre de Jornalismo na ECA-USP, fã de filmes de terror e música popular sul-coreana.
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