Estratégias de avaliação de via aérea difícil: Classificação Mallampati e outros parâmetros

Neste artigo, exploraremos a avaliação da via aérea com foco na classificação de Mallampati e outros parâmetros cruciais.

Sumário

A avaliação da via aérea é essencial para garantir uma proteção adequada e antecipar possíveis dificuldades durante procedimentos médicos.

Prevalência e Importância:

Apesar da baixa prevalência de via aérea difícil (aproximadamente 5%), essa condição é temida na prática clínica. Uma avaliação precisa, desde a história clínica até o exame físico, torna-se vital para identificar potenciais desafios principalmente diante de uma avaliação pré-anestésica

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História clínica

A história clínica oferece informações valiosas que aumentam o risco de uma via aérea difícil. Fatores como insucesso em anestesias anteriores, presença de diabetes, hipotireoidismo, obesidade, apneia obstrutiva do sono e condições dentárias influenciam significativamente a complexidade da via aérea

Exame físico

No exame físico, quatro compartimentos principais são avaliados para fornecer informações cruciais sobre a dificuldade de manejar a via aérea:

• Dentição: Considerações como comprimento aumentado dos dentes incisivos superiores, arcada dentária superior protusa, incapacidade de projetar a arcada maxilar anteriormente e distância interincisivos menor que 3 cm indicam dificuldades potenciais.
• Visibilidade da Úvula e Conformação do Palato: Uma úvula não visível quando a língua é protraída, juntamente com um palato arqueado, estreito ou ogival, são indicativos de dificuldades no manejo.
• Espaço Mandibular: A baixa complacência do espaço mandibular, indicada por firmeza, endurecimento ou ocupação por massa, além de uma distância tireomentoniana menor que a largura de três dedos médios, pode dificultar o manejo.
• Pescoço: Um pescoço curto e/ou grosso, juntamente com limitação de movimento, são fatores que contribuem para a complexidade da via aérea.

Classificação de Mallampati

A classificação de Mallampati é uma ferramenta valiosa para avaliar a acomodação da língua na cavidade oral. As classes variam de I a IV:

• Classe I: Úvula, pilares amigdalinos e palato mole são visíveis.
• Classe II: Úvula e palato duro são visíveis.
• Classe III: A visão alcança o palato duro e a base da úvula.
• Classe IV: Palato mole e úvula não são visíveis.

Observação: Mallampati 0 é uma condição rara onde a epiglote é visível durante o exame direto.

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